Inspirado em Curitiba, Camelódromo projeta até passarela gastronômica
A ideia é transformar o local em um ponto turístico para atrair mais clientes
O Camelódromo de Campo Grande planeja construir uma passarela gastronômica com quiosques e lanchonetes para aumentar o fluxo de clientes.
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O Camelódromo de Campo Grande planeja construir uma passarela gastronômica inspirada na Rua 24 Horas de Curitiba. O projeto, orçado em R$ 1,2 milhão, prevê a instalação de quiosques e lanchonetes entre o Camelódromo e o Shopping Estação, visando aumentar o fluxo de clientes. A iniciativa surge em um momento de queda no movimento do centro, devido ao fortalecimento do comércio nos bairros durante a pandemia. Paralelamente, o local passará por reforma elétrica de R$ 2,4 milhões para prevenir incêndios, com recursos de emendas parlamentares e contrapartida municipal.
Em entrevista para o Campo Grande News, o presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes do Camelódromo, Narciso Soares dos Santos, apresentou o projeto para a reportagem.
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"Queremos fazer essa obra de passarela, criando assim um local turístico onde haja quiosques para que as pessoas possam tomar um sorvete, comer um lanche ou um salgado, um local onde as pessoas possam sentar e descansar", informou Narciso.
Esse projeto que segundo o presidente da associação já foi apresentado à prefeitura é uma forma encontrada pelos comerciantes de manter o camelódromo atrativo, chamando a atenção de mais visitantes para o centro comercial.
A proposta é que a passarela coberta seja construída no corredor de passagem, que fica entre o Camelódromo e o Shopping Estação.
O investimento, orçado pela associação do Camelódromo em R$ 1,2 milhão, tem inspiração em um ponto turístico do centro de Curitiba (PR), chamado de Rua 24 Horas, que trata-se de uma via coberta com atrativos gastronômicos, como bares e restaurantes.
"Para buscar meios de desenvolver um local atrativo para o Camelódromo, estive em Curitiba e lá existe uma Rua 24 Horas, que achei muito bonita. Fizemos um projeto inspirado nela, que já foi levado para a prefeitura. Também fui pedir apoio na Câmara de Vereadores para que possamos conseguir verba para construir a passarela", disse Narciso.
Na última quarta-feira (7), a Câmara Municipal de Campo Grande, através do presidente da Casa de Leis, vereador Epaminondas Neto, o Papy, recebeu representantes da Associação dos Vendedores Ambulantes do Camelódromo, que apresentaram reivindicações estruturais para o espaço comercial localizado na região central da Capital.
Narciso revelou que, em conversa com o vereador, sugeriu a criação de uma data comemorativa municipal para realizar um evento especial no Camelódromo com o objetivo de aumentar o fluxo de visitantes.
A gente podia criar, por exemplo, o Dia do Camelô, estabelecendo uma data comemorativa anual, protocolada na Câmara, para que haja incentivo para montar palco e estrutura, promovendo um dia ou uma semana de comemoração no Camelódromo, com promoções e outras atividades para desenvolvermos isso aqui.
Mais clientes – As medidas, segundo a Associação, são fundamentais para manter a atratividade do espaço e garantir a permanência dos consumidores na área central de Campo Grande.
Durante a entrevista, Narciso também citou que, após o período da pandemia, está sendo perceptível uma baixa de clientela no Camelódromo. Na opinião do presidente da associação, o motivo é o desenvolvimento do comércio nos bairros de Campo Grande.
"No período da pandemia, o comércio nos bairros se estabilizou muito bem, e, quando teve o lockdown, as pessoas começaram a comprar mais online. Então, as pessoas começaram a comprar mais nos bairros, e o centro passou a perder clientes", declarou.
Para Narciso, o projeto da passarela é uma oportunidade para que o Camelódromo modernize a sua estrutura e continue gerando emprego, renda e economia em Campo Grande, trazendo vida para o centro.
Parte elétrica – Conforme informado em reportagem do Campo Grande News, para garantir mais segurança na manutenção, evitando assim novos incêndios, o Camelódromo de Campo Grande passará por reformas na rede elétrica, que custarão R$ 2,4 milhões.
Com a adequação, o sistema de energia será dividido, garantindo assim que o uso de energia nos boxes seja acionado de forma individual, melhorando a segurança e diminuindo os gastos com consumo de luz e os riscos de incêndio.
A Prefeitura de Campo Grande informou que essa adequação será lançada no próximo dia 29 de agosto, dentro da programação dos 126 anos da cidade.
"A obra será realizada com recursos provenientes de emendas parlamentares, do Ministério das Cidades, além da contrapartida do município", disse em nota.
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