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Cidades

Mato Grosso do Sul tem 8 pontes federais em condição ruim

Duas são de madeira e quatro são de concreto; maioria está na rota da BR-262

Por Cassia Modena | 28/12/2024 09:47
Em fevereiro deste ano, sistema pare e siga foi implantado para reparos na ponte sobre o Rio Paraguai, com asfalto deteriorado (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Em fevereiro deste ano, sistema pare e siga foi implantado para reparos na ponte sobre o Rio Paraguai, com asfalto deteriorado (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Mapa do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes) aponta que Mato Grosso do Sul não tem pontes federais em situação crítica, como a que caiu no último domingo (22) entre os estados de Tocantins e Maranhão, mas tem oito em condição ruim.

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Apesar de não possuir pontes federais em situação crítica como a que desabou em Tocantins e Maranhão, Mato Grosso do Sul apresenta oito pontes em condição ruim, segundo avaliação do DNIT de março de 2023. A maioria dessas pontes, de concreto e madeira, está localizada nas BRs 262, 060 e 267. Apesar de questionado, o DNIT não se pronunciou sobre reformas ou substituições previstas para essas estruturas. Paralelamente, o DNIT iniciou obras de acesso à ponte bioceânica na BR-267, com investimento de R$ 472 milhões.

A avaliação foi feita em março de 2023 e está disponível no portal do órgão como a mais atualizada. Há cinco classificações: crítico, ruim, regular, bom e ótimo.

A maioria das pontes de concreto está localizada na rota da BR-262: uma próxima a Corumbá, a segunda entre a mesma cidade e Miranda e outra pouco antes de Miranda.

Entre as três restantes de concreto, duas estão na rota da BR-060, entre Camapuã e Chapadão do Sul.

A sexta ponte de concreto em situação ruim fica na rota da BR-267, no km 97, após passar Jardim e perto de Caracol.

Já as duas pontes de madeira estão também nas rotas das BRs 267 e 060. A primeira, próxima à Nova Alvorada do Sul, e a segunda, em Bela Vista, na fronteira com o Paraguai.

Arte: Rômulo Montagna
Arte: Rômulo Montagna

Melhoria ou substituição - A reportagem perguntou à assessoria de imprensa do DNIT por e-mail e ligação, na quinta-feira (26), se houve ou estão previstas reformas ou substituição das pontes em condição ruim. Não houve resposta até a publicação desta matéria.

Prefeitos das cidades próximas às pontes também foram questionados sobre a situação e se sabem de investimentos à vista, mas não retornaram.

Após a data da avaliação, representantes do DNIT vieram à capital de Mato Grosso do Sul assinar a ordem de serviço que permitiu o início das obras de acesso à ponte bioceânica, na BR-267, que ligará Brasil e Paraguai, por Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (PY).

A obra conta com R$ 472 milhões em recursos federais e terá 13,1 quilômetros de extensão (km 678,10 ao km 691,20). Quando ficar pronta, a ponte será parte do corredor de integração entre países que passa por Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.

Vítimas - Segundo divulgou nesta tarde (27) a Agência Brasil, estão confirmadas nove mortes e oito pessoas desaparecidas após a ponte que divide Tocantins e Maranhão desmoronar.

Em nota publicada no site oficial, o DNIT anunciou que atenderá determinação do ministro dos Transportes, Renan Filho, e vai abrir uma sindicância para apurar as causas e efetivar as responsabilizações pelo desabamento da estrutura.

Está prevista a publicação de decreto de emergência que vai destinar mais de R$ 100 milhões para a construção de uma nova ponte. Localizada na BR-226, a estrutura era chamada de Juscelino Kubitschek.

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