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Capital

Após 4 meses de espera, famílias se preparam para voltar à ocupação na Guaicurus

Terreno foi esvaziado em março, quando barracos foram arrastados pela enxurrada

Por Kamila Alcântara | 19/07/2025 09:10
Após 4 meses de espera, famílias se preparam para voltar à ocupação na Guaicurus
Área aberta em meio a mata, às margens do Córrego Bálsamo, recebeu carregamento de entulho para nivelar o terreno (Foto: Osmar Veiga)

Depois de mais de 120 dias, o equivalente a 17 semanas ou quatro meses de incertezas, seis famílias se organizam para retornar à ocupação às margens do Córrego Bálsamo, no Conjunto Habitacional Universitárias, em Campo Grande. Conhecido como “favelinha da Guaicurus”, o local foi esvaziado após uma forte chuva devastar parte da região, em 18 de março deste ano.

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Seis famílias se preparam para retornar à ocupação conhecida como "favelinha da Guaicurus", em Campo Grande, após quatro meses de espera. O local foi abandonado em março, quando uma forte chuva devastou a região, derrubando barracos às margens da Avenida Guaicurus. Os moradores, sem resposta da Agência Municipal de Habitação, decidiram agir por conta própria, aterrando crateras e preparando o terreno para reconstrução. Entre os ocupantes está Grace Kelly Costa, auxiliar de cozinha, e Denis Adriano, proprietário de um lava-rápido, que mantêm o local limpo enquanto aguardam solução definitiva.

Naquela terça-feira, uma pancada de chuva atingiu a Capital, alagou ruas, arrastou parte da barragem do Lago do Amor e, a alguns quilômetros dali, derrubou os barracos erguidos às margens da Avenida Guaicurus.

No dia seguinte, as famílias foram cadastradas pela Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) para receber atendimento habitacional. À época, a autarquia informou ao Campo Grande News que identificou sete famílias no local, mas apenas três foram encontradas durante a abordagem.

Sem resposta prática ou solução definitiva, os moradores decidiram agir por conta própria. Com entulhos, começaram a aterrar as crateras abertas pela enxurrada e a preparar o terreno para reconstruir os barracos.

Após 4 meses de espera, famílias se preparam para voltar à ocupação na Guaicurus
Grace Kelly mostra que os moradores estão juntando telhas e madeiras para costruir os barracos (Foto: Osmar Veiga)

“Eu só tenho isso aqui para viver, e é aqui que vou ficar. Nos juntamos e, aos poucos, vamos ajustar o terreno para construir nossa casa. A batalha agora é para que não joguem mais lixo aqui e o local não seja tomado por usuários de drogas. Quem realmente precisa está aqui de forma correta, são famílias com quatro, seis crianças”, afirma a auxiliar de cozinha Grace Kelly Costa, de 30 anos, uma das moradoras.

Do outro lado do córrego, na Avenida Marginal Bálsamo, vivem duas famílias e funciona um lava-rápido. Proprietário do ponto, Denis Adriano, de 29 anos, diz que manter o local limpo e afastado de usuários de drogas é uma forma de tentar garantir algum tipo de permanência.

“Quando aconteceu aquela tragédia da enxurrada, a Emha veio aqui e cadastrou todas as famílias. Meu estabelecimento foi até registrado como ponto comercial, e isso é importante para mim. Não temos para onde ir. Precisamos esperar pelo retorno desses cadastros. Até lá, tentamos manter tudo limpo e os usuários de drogas longe”, defende Denis.

Após 4 meses de espera, famílias se preparam para voltar à ocupação na Guaicurus
Restos dos antigos barracos se acumulam na margem do córrego (Foto: Osmar Veiga)

Em nova nota, a Agência de Habitação esclareceu que a área ocupada às margens do Córrego Bálsamo é de propriedade particular, portanto, fora da gestão do município. Após a enxurrada de março, sete famílias foram cadastradas e orientadas a procurar a sede da agência para dar continuidade ao atendimento. Uma delas já havia sido beneficiada pelo Programa Recomeçar Moradia.

Ainda segundo a Emha, a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) também prestou assistência no local, com oferta de acolhimento e encaminhamento à rede socioassistencial. O serviço de abordagem social da Prefeitura atua na região de forma contínua e, conforme previsto na Constituição, o acolhimento depende da aceitação da pessoa em situação de vulnerabilidade.

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