Banco lota mais que o normal e aglomeração gera tumulto

Enquanto o comércio da região central quase não tem movimento, uma cena chamou a atenção na Rua 13 de Maio com a Avenida Afonso Pena. A agência do Banco do Brasil lotada, tanta gente que a fila teve de ser feita para fora.

Em tempo de coronavírus, o Ministério da Saúde recomendou evitar aglomerações, mas as dezenas de clientes fizeram justamente o contrário. Desesperados, funcionários pediram que metade das pessoas formassem fila do lado de fora para distribuição de senhas e foi então que começaram os protestos. A principal reclamação foi contra a decisão de colocar os correntistas no sol.

Para funcionário, que pediu para ter a identidade preservada, clientes temem o fechamento dos bancos e correram para resolver pendências ou sacar dinheiro o quanto antes. Também hoje, começaram os pagamentos dos programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) aos últimos beneficiários do calendário 2019/2020. O prazo máximo para sacar os recursos é 30 de junho de 2020.

A aposentada, Aparecida Passos Fonseca, 60 anos, ignorou os apelos das autoridades para que pessoas fiquem em casa e foi ao banco para receber o abono. “Preciso, não tenho o que fazer. Lá dentro não é seguro, o jeito é ficar aqui fora”.

O vendedor André Lino, 35, aproveitou a “folga” por causa do fechamento dos shoppings e foi ao bando para renegociar as tarifas da conta. “Estou com medo, mas como o banco está aberto, resolvi fazer isso logo. Só que acho que deveria estar fechado”.

Rodrigo Farias, 33 anos, criticou o tratamento dado aos clientes. “A gente vai ficar aqui no sol agora e nem sabe se seremos atendidos”.