ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 21º

Capital

Investigado por abrir cassino era fora de "qualquer suspeita", diz delegado

Polícia admite que o nome apresentado pode ser de um "laranja"

Ana Beatriz Rodrigues | 17/03/2023 14:30
Cassino funcionava há duas semanas sem "incômodo" em pleno Centro de Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)
Cassino funcionava há duas semanas sem "incômodo" em pleno Centro de Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)

Na tarde desta sexta-feira (17), a Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social) deu início às investigações para descobrir quem lucrava com o cassino clandestino fechado na tarde de ontem (16), na Rua Marechal Rondon, no Centro da Capital.

Em conversa com o Campo Grande News, o delegado Luiz Tomas de Paula Ribeiro, titular da Deops, disse que o nome do suspeito foi apresentado pelo advogado João Pedro Franco Alves. “O nome [do suposto explorados dos jogos de azar] que passaram para gente não tem histórico de nada, até por isso a gente não está tratando como autor e sim suspeito, porque pode ser um nome forjado ou de um laranja ou qualquer coisa que valha”, explicou o delegado.

Luiz Tomas detalhou que no momento da apreensão das máquinas caça-níqueis, os documentos apresentados estão no nome dessa pessoa, que não tem ficha criminal. “Assim que localizado, vai ser chamado para ser ouvido e prestar esclarecimento”, explicou.

A reportagem tentou contato com o advogado citado antes da publicação desta matéria, mas ele não atendeu às ligações. Mais tarde, João Pedro, em ligação para a redação, ele explicou que é advogado e que o escritório para o qual trabalha, especializado em defesa criminal, foi contratado para acompanhar a ação policial na tarde de ontem (16).

Embora tenha sido registrado em boletim de ocorrência que as funcionárias do estabelecimento estavam há 20 dias trabalhando no local, que elas não conhecem o dono do cassino e que "todo contato é realizado pelo advogado João Pedro Franco Alves", o defensor afirma à reportagem: "sou só advogado e fui acompanhar". Ele nega que seja o responsável pela contratação das atendentes, por exemplo. "Não contratei ninguém".

O caso - Após denúncia do Campo Grande News, cassino clandestino que funcionava no prédio do antigo Shopping Pantanal, no Centro da Capital, foi fechado. No início da noite desta quinta-feira (16), 20 máquinas caça-níqueis foram apreendidas e duas pessoas, funcionárias do estabelecimento, foram levadas para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.

De acordo com o tenente Nilson, oficial do dia do 1º Batalhão da Polícia Militar, após ser avisado da denúncia pelo Copom (Centro de Operações da PM), ele deslocou-se com equipe até o local, na Rua Marechal Rondon, quase esquina com a 13 de Maio. “Identificamos as máquinas cuja finalidade era a jogatina e nos apresentaram um alvará, mas que não era compatível com a atividade. Então, a gente, diante dos fatos, acionou um delegado de polícia”, explicou.

O tenente informou que ficará a cargo da Polícia Civil apurar quem são os responsáveis pela exploração dos jogos de azar.

(*) Matéria alterada às 18h33 para acréscimo da versão do advogado que representa o cassino.

Nos siga no Google Notícias