Peixes são encontrados mortos após transbordamento do Rio Anhanduí
Volume de água nas últimas 24 horas atingiu 72% da média do mês, conforme o Cemaden
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Peixes da espécie tilápia foram encontrados mortos após o transbordamento do Rio Anhanduí, em Campo Grande, no trecho onde a prefeitura realiza obras de contenção das margens. O incidente ocorreu após intensas chuvas que acumularam 111,2 milímetros em 24 horas. A Secretaria Municipal de Infraestrutura afirma que a mortandade não está relacionada à obra de contenção, mas ao transbordamento que deixou os peixes presos fora do leito natural. A intervenção, orçada em R$ 20,9 milhões, utiliza sistema gabião e deve ser concluída em fevereiro de 2026.
Após o transbordamento do Rio Anhanduí, várias tilápia foram encontradas mortas no trecho onde a prefeitura executa a obra de contenção das margens, no sentido bairro/centro, entre as ruas da Abolição e Bom Sucesso, no Jardim Jockey Club, em Campo Grande. O vídeo acima foi registrado ontem.
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Com o alto volume de água, o nível do rio subiu rapidamente e jogou os peixes para fora. Quando começou a baixar, parte das tilápias acabou ficando do lado externo do gabião, estrutura formada por grades metálicas, semelhantes a uma malha de arame, preenchidas com pedras, usada para conter encostas e evitar deslizamentos, além de proteger margens do rio contra processos de erosão. Essa área não retém água, o que pode ter provocado a mortandade.
A chuva de grande volume foi provocada por um sistema de baixa pressão que manteve o tempo fechado entre 15h30 de quarta-feira (12) e 15h30 desta quinta-feira (13). Nesse período, Campo Grande acumulou 111,2 milímetros de chuva em 24 horas, o equivalente a 72,2% da média de novembro, estimada em 154 mm, segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).
A Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) afirma que a obra não tem relação direta com o episódio. Segundo o órgão, o transbordamento causado pela chuva intensa deixou os peixes presos fora do leito, impedindo o retorno ao fluxo normal.
A obra de contenção deve ser concluída em fevereiro de 2026 e recebe investimento de R$ 20,9 milhões. O projeto utiliza o sistema gabião para conter erosões e inclui ainda o recapeamento da Avenida Presidente Ernesto Geisel, nova sinalização e a instalação de guarda-corpos. A pasta acrescenta que o córrego ainda abriga espécies como tilápias, carpas e pacus, registradas durante etapas anteriores dos trabalhos.
A imagem abaixo mostra o Córrego Segredo cheio, o mesmo curso d’água que, adiante, forma o Rio Anhanduí, transbordando novamente e alagando a Avenida Ernesto Geisel no trecho da Rua Rachid Neder, um dos pontos que mais sofrem com enxurradas.
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