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Interior

Rede criminosa atraía meninas com lanche, roupas e pequenos valores, diz polícia

Investigação mira dois homens e uma adolescente de 15 anos por exploração sexual de menores

Por Gabi Cenciarelli e Bruna Marques | 13/11/2025 17:52
Rede criminosa atraía meninas com lanche, roupas e pequenos valores, diz polícia
Empresário detido em viatura da PCMS durante a Operação Força e Pudor II em Bataguassu (Foto: Direto das Ruas)

Adolescentes de 14 a 16 anos eram aliciadas em Bataguassu em troca de lanche, roupas e pequenas quantias em dinheiro. A informação foi confirmada pela Delegacia de Atendimento à Mulher após a Operação Força e Pudor II, deflagrada nesta quinta-feira (13), que prendeu temporariamente um empresário suspeito de integrar o esquema.

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Uma rede criminosa que aliciava adolescentes de 14 a 16 anos em Bataguassu foi desarticulada pela polícia. Os suspeitos, dois empresários, atraíam as vítimas com ofertas de lanches, roupas e pequenas quantias em dinheiro, explorando sua vulnerabilidade social. A Operação Força e Pudor II, deflagrada nesta quinta-feira (13), prendeu temporariamente um dos investigados e apreendeu celulares e documentos que comprovam a troca de fotos e vídeos íntimos.A polícia identificou que uma adolescente de 15 anos atuava como intermediária, convidando amigas para os encontros. As vítimas, em situação de fragilidade, recebiam valores entre R$ 150 e R$ 450. O empresário preso é investigado por exploração sexual infantil e posse de pornografia infantil. A apuração continua para identificar outras possíveis vítimas e confirmar relatos de que imagens das adolescentes teriam sido exibidas em rodas de homens.

A investigação começou há três meses e identificou dois empresários da cidade que mantinham contato com as adolescentes por meio de aplicativos de mensagem. Conversas de WhatsApp e comprovantes de Pix mostram que encontros eram combinados com frequência. Em um dos celulares apreendidos, a polícia encontrou registros da compra de fotos e vídeos íntimos das meninas.

Segundo a delegacia responsável, todas as vítimas estavam em situação de vulnerabilidade social. Para atraí-las, os suspeitos ofereciam lanche, peças de roupa e valores que variavam entre R$ 150 e R$ 450. Para a polícia, essa troca por itens básicos evidencia o quanto o grupo se aproveitava da fragilidade das adolescentes.

A apuração também revelou que uma adolescente de 15 anos atuava como intermediária entre as meninas e os empresários. A polícia reforça que ela também é vítima e vivia no mesmo contexto de exploração, mas há indícios de que convidava amigas para participar dos encontros. Essa linha ainda é avaliada com cautela.

Durante os mandados, foram apreendidos celulares, documentos bancários e conversas que indicam que mais vítimas possam ter sido aliciadas. Quatro adolescentes que permanecem em Bataguassu já foram ouvidas. Outras, que hoje vivem em Presidente Epitácio, Batayporã e Maringá, serão convocadas conforme o avanço das análises.

O empresário preso é investigado por exploração sexual infantil e posse de pornografia infantil. O segundo investigado segue solto, mas teve a casa vasculhada para coleta de provas.

A polícia também apura relatos preliminares de que imagens das adolescentes teriam sido exibidas em rodas de homens. Essa informação ainda não está confirmada e permanece em investigação.

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