Envelhecimento: as células zumbis se acumulam em nosso corpo
Nas tumbas da Grécia antiga, um dos costumes era colocar pedras por cima dos esqueletos, como se isso pudesse evitar que os mortos ressuscitassem, temiam que virassem zumbis. Nossos zumbis são diferentes daqueles de Hollywood. Nossos zumbis são células zumbis.
Parou tudo.
Quando uma célula se transforma em zumbi, ela interrompe a maior parte de sua atividade normal, deixando, inclusive, de se dividir. Mas, em vez de morrer, a célula permanece. Além disso, ela começa a expelir um coquetel de moléculas prejudiciais para o corpo. Não é difícil imaginar que esse tipo de célula, pouco conhecida, promova o envelhecimento.
Não se recuperam do “zumbizismo”.
Em um experimento na “Mayo Clínic”, nos EUA, os cientistas isolaram células zumbis de camundongos velhos e as transplantaram para camundongos jovens e saudáveis. Bastou uma dose de células zumbis para que os jovens desacelerassem. Continuaram fracos por seis meses, quando as células zumbis originais já haviam desaparecido há muito tempo. O motivo é que elas espalham moléculas em seus arredores fazendo com que células normais se tornem zumbis. Os camundongos que receberam células zumbis nunca se recuperaram, acabaram morrendo mais cedo.
Um montão de células zumbis.
O que aconteceu com esses camundongos é algo bem semelhante ao nosso processo de envelhecimento. Não é que recebemos uma injeção repentina de células zumbis, mas, à medida que envelhecemos, as células zumbis se acumulam em nosso corpo. Uma pessoa idosa tem muito mais células zumbis do que uma jovem.
Dá-lhe bomba!
E, já que essas células tem um efeito claramente negativo, seria benéfico se livrar delas. A saída, até o momento, é usar engenharia genética. Criaram uma “bomba celular”que explode células zumbis. Os ratinhos que receberam essa bomba, viveram 25% a mais que os ratos comuns. É uma esperança, mas ainda distante, de levarem essa experiência para humanos.
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