Banco Central mantém taxa de juros em 15% citando inflação persistente
Selic está no maior patamar desde julho de 2006
Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central manteve a Selic em 15% ao ano nesta quarta-feira (17), garantindo ao Brasil a segunda maior taxa real de juros do mundo. A decisão foi tomada em Brasília (DF), por unanimidade, considerando instabilidades externas e inflação acima da meta. O colegiado é presidido por Gabriel Galípolo e reúne oito diretores, responsáveis pela definição da taxa.
RESUMO
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Copom mantém Selic em 15% ao ano, segundo maior juro real global. Decisão unânime considera inflação persistente, mercado de trabalho aquecido e incertezas externas, como a política econômica dos EUA. Brasil fica atrás apenas da Turquia neste índice. Taxa Selic permanece no maior patamar desde 2006. Boletim Focus indica queda na estimativa de inflação para 2025, mas ainda acima da meta. Copom justifica manutenção dos juros altos para conter a inflação, enquanto cortes estimulam consumo e produção. Próximas reuniões serão em novembro e dezembro.
A Selic de 15% está no maior patamar desde julho de 2006, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A taxa real, que considera a inflação projetada e os juros de mercado, está em 9,51%, atrás apenas da Turquia, com 12,34%. Rússia, Colômbia, México, Índia, Argentina, Indonésia, Hungria e África do Sul completam o ranking dos dez primeiros.
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O Copom explicou que a manutenção da Selic se deve a um cenário inflacionário persistente, mesmo com a atividade econômica mostrando certa desaceleração. O mercado de trabalho continua aquecido, e a política de juros altos ajuda a conter a inflação. A decisão também considerou a incerteza da política econômica nos Estados Unidos e a volatilidade de ativos financeiros globais.
O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central em 15 de setembro, aponta queda na estimativa de inflação para 2025, de 4,85% para 4,83%, ainda acima da meta de 3%, com tolerância entre 1,5% e 4,5%. Segundo o Copom, juros elevados encarecem o crédito e estimulam a poupança, reduzindo a pressão sobre os preços, enquanto cortes na taxa tendem a incentivar consumo e produção.
Vale lembrar que o Comitê se reúne a cada 45 dias, com próximas datas em 4 e 5 de novembro e 9 e 10 de dezembro. Desde janeiro de 2024, a Selic subiu de 11,75% para 15%, com aumentos graduais e algumas manutenções no período.
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