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Economia

Dólar recua a R$ 5,42 após alívio político e humor do mercado melhora

Moeda cai 0,22% após fim da tensão eleitoral, enquanto Ibovespa sobe e volta ao patamar dos 158 mil

Por Gustavo Bonotto | 08/12/2025 19:10
Dólar recua a R$ 5,42 após alívio político e humor do mercado melhora
Cédula do dólar, moeda norte-americana. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar comercial caiu 0,22% nesta segunda-feira (8), após passar a manhã sob menor pressão política, e fechou o dia a R$ 5,42, enquanto o Ibovespa subiu 0,52% e encerrou aos 158.187 pontos. A trégua veio depois da turbulência da última sexta-feira, quando declarações políticas elevaram a incerteza e mexeram com o câmbio e a bolsa. O movimento refletiu a leitura de que o cenário eleitoral pode sofrer ajustes, com impacto direto na percepção de risco dos investidores.

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O dólar comercial encerrou em queda de 0,22% nesta segunda-feira (8), cotado a R$ 5,4207, após um período de menor tensão política. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou alta de 0,52%, fechando aos 158.187 pontos, recuperando-se parcialmente das perdas significativas da última sexta-feira. O mercado volta suas atenções para as decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, previstas para quarta-feira (10). No cenário doméstico, espera-se a manutenção da Selic em 15% ao ano, enquanto nos EUA, há expectativa de redução de 0,25 ponto na taxa básica pelo Federal Reserve. O Boletim Focus trouxe perspectivas positivas, com queda nas projeções de inflação e melhora nas estimativas de crescimento econômico.

O recuo da moeda ocorreu depois de forte estresse na sexta-feira, quando o dólar disparou mais de 2% e terminou em R$ 5,4328, maior valor em quase dois meses. A venda de ações levou o Ibovespa à queda de 4,31% e ao pior desempenho desde fevereiro de 2021, com impacto de análises que apontavam risco político maior no curto prazo. Investidores afirmaram que a reação brusca mostrou sensibilidade elevada a qualquer mudança no quadro eleitoral.

O mercado voltou a focar nas decisões de juros que serão anunciadas na quarta-feira (10) no Brasil e nos Estados Unidos. Aqui, a expectativa é de manutenção da Selic em 15% ao ano, com atenção aos sinais do Banco Central sobre o início de um possível ciclo de cortes. Nos Estados Unidos, cresce a aposta de que o Federal Reserve reduza a taxa básica em 0,25 ponto. Operadores afirmaram que o posicionamento dos dois bancos centrais deve orientar o comportamento dos ativos até o fim da semana.

O Boletim Focus reforçou o clima de estabilidade ao mostrar queda nas projeções de inflação e leve melhora nas estimativas de crescimento. Para 2025, a previsão de alta de preços recuou para 4,40% e, para 2026, passou a 4,16%, com ajustes consecutivos nas últimas semanas. A projeção para o PIB subiu para 2,25% no próximo ano, enquanto o câmbio projetado para 2025 permaneceu em R$ 5,40.

As bolsas internacionais também influenciaram o pregão, com desempenho misto nas principais praças. Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq caíram diante da espera pela decisão do Fed. Na Europa, o dia foi de estabilidade, com leve pressão dos juros dos títulos públicos. Na Ásia, mercados alternaram ganhos e perdas, com avanço na China e queda em Hong Kong, em meio a indicadores econômicos divergentes.

Com a combinação de menor tensão doméstica e expectativa moderada sobre juros, operadores afirmaram que o dólar deve seguir com volatilidade controlada nos próximos dias.

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