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Vape ajuda delegado a lutar por recorde de flagrantes

Por Ângela Kempfer e Anahi Zurutuza | 29/11/2024 06:00
Caixas com cigarros eletrônicos apreendidas pela Decon. (Foto: Arquivo)
Caixas com cigarros eletrônicos apreendidas pela Decon. (Foto: Arquivo)

Adoro prender - Delegado do Consumidor, Reginaldo Salomão, é do tipo competitivo. Só na quarta-feira foram seis prisões em flagrante. "Se eu pudesse, prendia todo dia", comentou. O orgulho dele é que o número de flagrantes registrados pela Decon só perde para o Cepol (Centro Integrado de Polícia Especializada), que fica de plantão e registra todos os B.Os do fim de semana.

Delivery - O que colabora para a Delegacia do Consumidor ser vice nessa "disputa" em Campo Grande é a venda ilegal de cigarro eletrônico. Até vendedores especialistas em "delivery" para escolas foram identificados e presos. Mas um deles não ficou muito tempo na cadeia. No outro dia, pagou R$ 5 mil de fiança e saiu livre e solto.

Coca zero - Cena chamou atenção ontem da imprensa em operação da Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros). Depois de confronto que acabou em morte de condenado por roubo e assassinato, o delegado e quatro investigadores sentaram tranquilamente na varanda do morto para beber Coca-Cola.

Assédios – O prefeito de Ladário, Iranil de Lima Soares (PP), vai ter de se explicar na Justiça sobre o comportamento durante a campanha eleitoral. Ele e a ex-secretária de Assistência Social da cidade, Graciele Zório Franco, são acusados de usar os servidores comissionados ou concursados com cargos de confiança como cabos eleitorais. O objetivo era economizar com a mão de obra para a campanha. A dupla, conforme denúncia oferecida pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) esta semana, queria eleger Luciano Jara prefeito e a própria ex-secretária.

Full time – Servidores com carga horária reduzida eram obrigados a ir aos atos de campanha à tarde e organizar reuniões, chamando familiares e amigos, à noite. A cobrança pela participação “voluntária”, narra a denúncia, era feita através de grupos de WhatsApp, onde curtidas e comentários em postagens também eram cobrados. Quem não se dedicava, era perseguido, segundo o MP. “Aqueles que não atendiam aos comandos e metas fixadas por Graciele Zório Franco ou se opunham a prestar apoio político aos candidatos do prefeito de Ladário sofriam retaliações, eram exonerados ou dispensados, além de tolhidos de adicionais/gratificações como, por exemplo, horas extras”, diz a acusação.

Inferno na Terra – A denúncia traz depoimentos de servidores demitidos e de funcionária pública que diz ter sido perseguida. Ela relata que, ao se opor aos comandos de Graciele, foi transferida de setor várias vezes e foi deixada sem atribuição, permanecendo sentada em uma cadeira de plástico das 7h às 11h e das 13h às 17h por duas semanas. “A minha vida virou um inferno”.

Namoro ou amizade? – Na cidade, “todos” sabem que Iranil e Graciele são namorados. Um dos depoentes disse ao MP que há “vínculo afetivo entre eles” e que a ex-secretária tinha “influência” nas decisões do prefeito. Em contestação feita na Justiça Eleitoral, a ex-secretária nega ter relacionamento com o prefeito.

Afastamento – Para cessar a suposta “conduta nociva”, o Ministério Público pediu o imediato afastamento das duplas dos cargos, já que como não foi eleita, Graciela voltou ao quadro da prefeitura como superintendente na pasta da Assistência Social. Além disso, a acusação quer condenar os dois a pagar uma indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 1 milhão. Os acusados ainda não apresentaram as defesas.

O possível - Em defesa do pacote de corte de gastos, anunciado ontem pelo Governo Federal, a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), usou as redes sociais para explicar que a equipe fez o "ajuste fiscal possível". Na avaliação dela, o "Brasil precisa caber dentro do orçamento. E nosso papel é garantir a qualidade dos gastos públicos e justiça fiscal. Por um Brasil mais forte, eficiente e igualitário".

Bom, mas nem tanto - A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande espera que cada loja contrate pelo menos dois funcionários temporários para as vendas de fim de ano. Mas o número não é tão bom, pesquisa com 100 empresários mostrou que mais de 60% vai contratar na mesma proporção de 2023 e só 20% esperam ampliar esse número.

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