Família saiu à caça do caminhão de coleta para realizar pedido de Miguel
Apaixonado por caminhões e pelos amigos coletores, menino quis comemorar aniversário ao lado deles
A família do pequeno Miguel, de 3 anos, viveu uma aventura noturna pelo bairro Coophavila em busca dos “amigos” do menino, os coletores de lixo. Apaixonado por caminhões desde bebê, Miguel não perde um dia de rota e chama os trabalhadores da coleta pelo nome carinhoso de “meus amigos”. No aniversário de 3 anos, tudo que ele queria era comemorar ao lado deles.
RESUMO
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Segundo a mãe, Kátia Gonçalves de Moura, o encantamento começou cedo. “Ele sempre gostou de caminhão, mas quando passava o da coleta, ainda com uns 8, 9 meses, minha mãe levava ele na frente de casa e ele ficava pulando, todo feliz”, conta. Desde então, terça, quinta e sábado, dias da coleta na região, viraram dias de ansiedade. “Ele pergunta se é dia dos amigos e fica na porta esperando”, detalha.
Com o tempo, a relação ficou tão próxima que os coletores já cumprimentam o menino de longe. “Eles param, batem na mão dele, conversam. Ele faz a maior festa”, diz a mãe.
No dia do aniversário de 3 anos, o pedido foi uma festa com o tema da coleta. Kátia preparou o bolo com decoração da coleta, reuniu a família com brincadeiras no parquinho, mas nada disso satisfez o menino.
“Ele saiu perguntando pelos amigos. Eu falei que já tinha o bolo, mas ele insistiu que queria os amigos”, recorda.
Mesmo depois do fim da festinha, o menino insistiu que queria que os amigos cantassem parabéns com ele. E foi aí que começou a verdadeira missão. “Aí nós fomos atrás. A tia dele foi num carro, eu em outro, já era quase 21h”, conta Kátia. Eles procuraram pela rota, perguntaram em outros pontos do bairro até que encontraram uma equipe subindo em uma das ruas do bairro.
Os coletores, mesmo no fim do turno, não pensaram duas vezes. “Eles pararam rapidinho, cantaram parabéns, comeram um pedacinho de bolo. Não queríamos atrapalhar o serviço deles, mas eles foram muito queridos”, diz a mãe.
Na ocasião, Miguel viveu o ápice da alegria. Subiu no caminhão desligado, posou para fotos e saiu contando vantagem. “Ficou dizendo que ajudou os amigos dele”, relata Kátia.
No dia a dia em casa, a rotina segue a mesma. Toda coleta vira evento. Quando o caminhão passa e Miguel não vê, é frustração na certa. “Ele fica bravo, diz que os amigos não passaram”, afirma.
A ligação entre o menino e as equipes é tão grande que até os coletores de outra rota, na rua da avó, já sabem quem ele é. E Kátia, sempre que pode, retribui o carinho oferecendo água ou refrigerante para os trabalhadores.
A mãe conta que Miguel tem três caminhõezinhos da coleta, tratores e escavadeiras que sempre ficam espalhados pela casa e durante as brincadeiras tem a frase favorita. “Ele fala que vai dirigir todos”, finaliza.
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