Com humor ácido, musical 'Heathers' traz questões sobre violência escolar
Adaptação local reúne 19 artistas e discute bullying, saúde mental e padrões sociais
Um clássico cult que marcou gerações chega ao palco de Campo Grande em nova montagem. O musical “Heathers” será apresentado no próximo sábado (15), às 19h, no Teatro Allan Kardec. Ícone Off-Broadway dos anos 90, a história retorna com força ao tratar temas que seguem atuais, como bullying, exclusão social, agressão sexual, homofobia, violência nas escolas e até suicídio entre adolescentes.
RESUMO
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O musical "Heathers" será apresentado no Teatro Allan Kardec, em Campo Grande, no próximo sábado (15), às 19h. A montagem, dirigida por Clara Lanzoni e Sarah Oliver, aborda temas contemporâneos como bullying, exclusão social e violência escolar, mantendo a irreverência característica da obra original. A trama se desenvolve em uma escola de ensino médio e acompanha três populares estudantes conhecidas como "Heathers". O elenco é composto principalmente por alunos de Teatro e Dança da UEMS, com classificação indicativa de 16 anos.
Diretora da montagem, Clara Lanzoni explica que a proposta é provocar reflexão sem perder a irreverência. “Heathers é voltado para o público jovem e traz à cena temas delicados e atuais de forma irônica e provocativa, com muita carga de humor ácido, música boa e... atitude. Queremos que essas pautas se tornem protagonistas da narrativa, promovendo reflexão, identificação e diálogo com o público”, afirma.
A adaptação local do roteiro ficou por conta de Sarah Oliver, que divide a direção do espetáculo. Segundo ela, o desafio foi aproximar o musical da realidade dos jovens daqui. “É claro que se trata de uma adaptação do musical da Off-Broadway. Realizamos ajustes nos enredos dos personagens, nas músicas, nas coreografias e em outros elementos, de modo a tornar a obra mais próxima da nossa vivência e da realidade local”, explica.
A trama se passa em uma escola de ensino médio e gira em torno das três garotas mais populares, as temidas “Heathers”. O trio dita regras e humilha quem considera “diferente”, mas mesmo assim é alvo de admiração e inveja. Verônica Sawyer, cansada de ser invisível, consegue se infiltrar no grupo. Tudo muda quando ela se apaixona pelo misterioso J.D., que a conduz para um caminho de violência cada vez mais perigoso.
A produção reúne principalmente estudantes de teatro e dança da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), sem vínculo direto com a instituição. Quatro artistas de fora dos cursos também participam, ampliando a diversidade do elenco. Os protagonistas são:
- Lallo Santos (Heather Chandler)
- Mari Goulart (Heather Duke)
- Yasmin Oliveira (Heather McNamara)
- Sofia Augusto (Verônica Sawyer)
- Mateus Duarte (Jason Dean – J.D.)
Além dos 19 artistas em cena, oito profissionais assinam as áreas de direção, coreografia, técnica, figurino, comunicação e produção executiva. “A narrativa é intensa, permeada por humor, crítica e sensibilidade. É uma história impactante, que certamente vai tocar o público”, destaca Sarah.
Clara reforça que o espetáculo é para maiores de 16 anos, com entrada permitida a menores apenas acompanhados dos responsáveis devido aos temas abordados. Os ingressos podem ser obtidos através do link: https://forms.gle/MsbPTWr49kBtehLR8.
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