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Lado Rural

Queda do rebanho de bovinos derruba em 32% o plantel de equinos de MS em 6 anos

Constatação é de novo boletim elaborado pela Famasul, com base em números da Iagro

Por José Roberto dos Santos | 29/11/2024 11:10
Cavalos alojados em cocheiras em haras sul-mato-grossense. (Foto: Divulgação/Famasul)
Cavalos alojados em cocheiras em haras sul-mato-grossense. (Foto: Divulgação/Famasul)

Ao longo dos últimos seis anos foi observada uma redução significativa no plantel de equinos de Mato Grosso do Sul. Segundo a Iagro-MS (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) em 2024 foi verificada a existência de 299,2 mil equinos, mas entre 2017 e 2023 esse plantel sofreu uma redução de 31,34%. Os números são do "Boletim Casa Rural - Equideocultura", que acaba de ter sua primeira edição publicada pelo Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).

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Nos últimos seis anos, o plantel de equinos em Mato Grosso do Sul apresentou uma queda de 31,34%, totalizando 299,2 mil equinos em 2024, conforme dados da Iagro-MS. Essa redução está ligada ao aumento das áreas agrícolas e à diminuição do rebanho bovino, que caiu de 21,2 milhões em 2016 para 18,9 milhões em 2023. O boletim "Casa Rural - Equideocultura", publicado pela Famasul, destaca a relação entre equídeos e bovídeos, com Corumbá liderando em número de equinos e Vicentina em menor efetivo. No segundo trimestre de 2024, foram registradas 17.315 movimentações de equinos, a maioria sem fins comerciais. O boletim visa ressaltar a importância do setor para a economia e cultura local, abordando eventos e a cadeia produtiva da equideocultura no estado.

MS possui o sexto maior plantel de equinos do País, atrás de Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Bahia.

Segundo o boletim, essa diminuição do número de equinos no Estado pode estar associada ao aumento de áreas de agricultura e diminuição do rebanho bovino em alguns municípios, já que boa parte do rebanho de equinos é composta por animais de trabalho em fazendas de pecuária. Em 2016, o rebanho bovino de Mato Grosso do Sul era de 21,2 milhões de cabeças. Atualmente não passa de 18,9 milhões, segundo estimativas do IBGE para 2023.

O rebanho de equídeos está bastante associado ao rebanho de bovídeos, isso significa que os municípios com maior número de ruminantes tendem a ter o maior número de equídeos. Corumbá segue como o município com maior número de equídeos (36.071 no ano de 2023) e Vicentina possuía o menor efetivo (302 em 2022).

A proporção no Estado é de 1 (um) equídeo para cada 61 bovídeos (1:61). O município com maior proporção de equídeos em relação aos bovídeos é Ponta Porã (1:9) e o município de menor proporção é Pedro Gomes (1:113).

Trânsito de equinos

No segundo trimestre de 2024 foram realizadas 17.315 movimentações de equinos no estado de Mato Grosso do Sul, envolvendo 36.805 animais. A maior parte das movimentações foram para aglomerações sem fim comercial. Mais da metade das guias de trânsito emitidas foram para movimentações realizadas dentro do próprio município. Contudo, o maior número de animais foi movimentado entre municípios diferentes.

O novo Boletim Técnico lançado pela Famasul, voltado para a equideocultura, tem o objetivo de reforçar o papel desse setor crucial para a economia, o turismo e para a preservação da cultura de Mato Grosso do Sul.

De acordo com Diego Guidolin, consultor em pecuária do Departamento Técnico da Famasul, o boletim abordará uma variedade de temas importantes. "Ele vai abordar eventos esportivos que estão acontecendo no Estado, notícias sobre o mundo equestre, o panorama da cadeia produtiva do setor em Mato Grosso do Sul, e a atuação do Senar/MS no desenvolvimento dessa cadeia", afirmou.

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