Pandora é “ursa” de 60 kg que virou bombeira e salvou a própria dona
Isadora Faria teve depressão após perder um cachorro e encontrou na nova amiga saída para voltar à vida
Quem se depara com a Pandora passando por aí costuma até duvidar se, de fato, é um cachorro. Algumas pessoas até brincam, dizendo que ela está mais para um urso. Uma coisa é certa: ela é atração. Com 60 kg distribuídos em patas enormes, peito largo e muito pelo, a terra-nova de 7 anos só tem tamanho e carinho. Foi exatamente essa figura grandalhona, calma e amável que salvou Isadora Faria, 27 anos, de algo que ela achou que nunca conseguiria superar: a depressão. Para a dona, Pandora é o amor da vida dela.
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Pandora, uma cadela da raça Terra Nova de 60 kg, transformou a vida de sua tutora, a médica veterinária Isadora Faria, após um período de depressão. Com 7 anos de idade, o animal impressiona por seu porte avantajado e temperamento dócil, sendo frequentemente confundida com um urso. Atualmente, Pandora integra o Projeto Cão Amigo-Cão Herói do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul. Apesar de enfrentar problemas de saúde como luxação patelar e displasia, ela cumpre sua missão social visitando hospitais e levando alegria a pacientes. A cadela segue uma dieta específica devido a alergias alimentares.
Hoje, a cadela é um dos cães bombeiros do Projeto Cão Amigo–Cão Herói do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul. Apesar de todo tamanho, Pandora é calma e quase não late. Isadora é médica veterinária e explica que, apesar do peso, a amiga de quatro patas vive uma dieta específica com ração hipoalergênica e restrições.

Ao todo, são 400g de comida oferecidas em duas porções: uma no período da manhã e outra durante a noite. E os petiscos? Isadora comenta que Pandora só come frutas e biscoitos especiais porque ela é atópica, ou seja, alérgica a muitos alimentos. Antes de Pandora, a veterinária tinha acabado de perder a cachorrinha da raça pinscher que viveu com ela por 18 anos.
“Ganhei a Pandora na faculdade, em 2019, de uma amiga. Eu tinha uma cachorra e acabei perdendo-a por conta de um câncer de mama. Entrei em depressão porque foi uma vida inteira com ela. Minha amiga perguntou se eu queria uma e eu aceitei sem nunca ter visto nem ela nem a raça. Foi amor à primeira vista.”
Isadora lembra até hoje do choque do primeiro encontro das duas. Aquele era o primeiro contato com a raça. “Fiquei impressionada com o tamanho e com a doçura.” Pandora tinha 11 meses, era a menor da ninhada e, mesmo assim, não parecia grande demais para caber nas expectativas de alguém acostumada a uma pinscher. “Ela me tirou de uma depressão que só ela poderia.”

Isadora conta que o nome “Pandora” funciona como na mitologia grega: uma caixa surpresa que no fim guarda esperança. Apesar da fofura, a terra-nova sofre com alguns problemas de saúde e, por isso, se deita com facilidade.
“Ela tem luxação patelar bilateral, displasia coxofemoral bilateral e um probleminha na cervical também”, explica.
A raça é canadense e, no país, é usada para resgates aquáticos, conta a veterinária. Pandora não fugiu muito do “ofício” natural. Foi aprovada no projeto de cães-bombeiros depois que a dona se encantou com a iniciativa na faculdade. A cadela tinha todos os requisitos para ser parte da equipe: dócil, obediente aos comandos, paciente e calma.
"Ela virou cão-bombeira porque conheci o projeto na faculdade, fiquei encantada e, quando a ganhei, entrei em contato e ela foi aprovada. Ela sempre foi esse poço de preguiça e doçura."
A última missão da cadela bombeira foi alegrar o dia de crianças, idosos e mães de bebês recém-nascidos nas alas do Hospital Universitário. Por lá, não faltaram abraços, carinhos e, claro, muita gente sem acreditar no tamanho de Pandora.
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