Governo vai asfaltar perímetro urbano de todas cidades sul-mato-grossenses

O governo do estado alava uma nova frente de obras que resultará na pavimentação de ruas ainda sem asfalto no perímetro urbano de todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Campo Grande pediu ajuda para o recapeamento, apresentará em breve trechos prioritários para recuperação de vias  e receberá R$ 110 milhões do R$ 1 bilhão destinado MS Ativo 2, realizado pelo Executivo estadual.

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Cerca de 180 obras estão previstas no programa, executado pelo governo, atendendo às demandas prioritárias elencadas pelos prefeitos e prefeitas. Somando as duas edições do MS Ativo, são R$ 2,5 bilhões. Na semana passada, foi enviado aos deputados pedido de autorização para o governo emprestar R$ 950 milhões do Banco do Brasil, com 17 anos para pagamento e juros de 1,6% ao ano, recurso que será destinado à expansão das obras de pavimentação e recuperação nas cidades.

O secretário da Casa Civil, Walter Carneiro Júnior, em entrevista ao podcast Na Íntegra, do Campo Grande News, explicou como foi a estruturação da nova fase do programa municipalista.

Surgiu essa oportunidade para antecipar os investimentos.”

 Segundo ele, cera de 70% das obras previstas na primeira edição já foram concluídas e o restante está em curso. Conforme Carneiro Júnior, o governo apontou como prioridade ampliar os serviços de saneamento e pavimentação para alavancar a infraestrutura nas cidades, com cerca de 30% a 40% delas precisando de ampliação desses serviços.

 Do novo pacote do MS Ativo, muitas prefeituras se adiantaram com projetos e 80 deles já estão em processo de licitação. Caberá aos municípios cuidar da elaboração dos projetos e os aspectos burocráticos para a concretização das obras, e o governo fará a seleção das empresas e executará as obras.

Ano que vem haverá eleições e há limitações no calendário eleitoral, como a impossibilidade de candidatos do Executivo participar de inauguração de obras nos três meses anteriores ao pleito.

Nossa agenda daqui para março é muito forte para inauguração e entrega de obras.”

Além disso, gestores que pretendem disputar um mandato devem se desligar dos cargos até seis meses antes do dia da votação, com exceção dos governadores e dos presidentes que buscam a reeleição. Segundo o secretário, que assumiu em função de o então titular, Eduardo Rocha, ter se desligado antecipadamente exatamente para estruturar candidatura a deputado estadual, o governador fixou como limite o começo do ano para que eventuais candidatos deixem as pastas. Os secretários Jaime Verruck (Semadesc) e Marcelo Miranda (Setesc) já são cogitados. Além disso, Carneiro Júnior menciona que outros nomes do governo podem ser indicados por Riedel e seu grupo político.

Os nomes que possam vir a participar do pleito no começo do ano a gente vai ter consolidado quais são.”

O secretário também falou, durante a entrevista, que ainda este mês a Casa Civil definirá um cronograma para a liberação de emendas parlamentares para o ano que vem. Por se tratar de ano eleitoral, a pretensão é atender as demandas dos deputados no primeiro semestre. O governo elevou de R$ 3,5 milhões para R$ 4 milhões o valor que cada um dos 24 deputados pôde sugerir para ações e obras em emendas impositivas ao orçamento de 2026, mas definiu que todos os recursos devem ser destinados à área da saúde, seja para custeio de serviços ou para investimentos em infraestrutura.