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Política

Deputadas pedem que apoio financeiro às mulheres seja ampliado

Parlamentares aprovaram auxílio às mulheres vítimas de violência doméstica

Por Maristela Brunetto e Fernanda Palheta | 27/02/2025 12:32
Deputadas pedem que apoio financeiro às mulheres seja ampliado
Parlamentares fizeram acordo de lideranças para acelerar projetos para apoiar mulheres em situação de violência (Foto: Wagner Guimarães)

Deputados estaduais aprovaram, esta manhã (27), em primeiro turno, projetos enviados pelo Executivo Estadual que dão amparo material para mulheres vítimas de violência doméstica para um recomeço. Como o auxílio, de R$ 600 para moradia e valor adicional para compra de móveis, tem alcance limitado - é direcionado às mulheres abrigadas em Campo Grande - deputadas estaduais defenderam que ele seja ampliado, diante da extensão de mulheres em situação vulnerável em relacionamentos abusivos.

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Deputadas estaduais defenderam a ampliação do programa de auxílio financeiro para mulheres vítimas de violência doméstica em Mato Grosso do Sul. O projeto, aprovado em primeiro turno na Assembleia Legislativa, prevê auxílio de R$ 600 para moradia, valor adicional para móveis e apoio para creche dos filhos. Atualmente, o benefício é restrito às mulheres abrigadas em Campo Grande, atendendo cerca de 10 mulheres. As deputadas Mara Caseiro (PSDB) e Gleice Jane (PT) destacaram a importância da iniciativa, mas alertaram para a necessidade de expandir o alcance, considerando o alto número de casos de violência no estado. A urgência do tema ganhou destaque após seis feminicídios registrados no mês, incluindo o caso da jornalista Vanessa Ricardo, que causou comoção.

As deputadas Mara Caseiro (PSDB) e Gleice Jane (PT) participaram de reunião antes da sessão com secretários estaduais, que foram à Assembleia Legislativa defender três projetos, e apontaram, em plenário, a relevância das iniciativas, uma vez que podem ajudar mulheres a sair do ciclo de violência e fazer um recomeço. Além do auxílio para a moradia, haverá também auxílio temporário para que os filhos fiquem em creche e as mães possam trabalhar.

Entretanto, Mara alertou que era preciso destacar a amplitude da iniciativa, que alcança um grupo restrito. Ela considerou que se trata de um começo, que precisa aumentar o alcance.

Na mesma linha, Gleice Jane considerou que é pequeno o grupo a ser atendido. Na Casa Abrigo de Campo Grande há cerca de dez mulheres e seus filhos. Ela mencionou a extensão do problema da violência doméstica, que demanda maior apoio às mulheres, mas também citou a necessidade de uma mudança de mentalidade na sociedade.

Projeto apensado – Com a tramitação acelerada de três projetos enviados pelo Governo com a temática de auxílio às mulheres, o deputado João Henrique Catan (PL) pediu que fosse apensado um que foi apresentado por ele em 2023, também sobre aluguel social para mulheres vítimas de violência.

O assunto ainda será analisado nas comissões temáticas, entretanto, Mara Caseiro acredita que o projeto não ganhará a urgência dos demais, que foi possível por meio de acordo de lideranças, devendo seguir tramitação normal e não o apensamento aos outros. O auxílio a mulheres ganhou relevância com a proximidade do 8 de março e a ocorrência de feminicídios, como da jornalista Vanessa Ricardo, que causaram comoção. Seis mulheres foram mortas no Estado esse mês. Com exceção de Vanessa, todas as outras vítimas moravam no interior.

O cenário resultou na movimentação da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e Combate à Violência Doméstica e Familiar para identificar projetos em favor das mulheres e acelerar a tramitação.

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