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Diversão

Curiosidade por jazz levou até quem não ia pegar ônibus para terminal

1º Festival Internacional de Jazz iniciou sua programação nesta segunda-feira (25), no terminal das Moreninhas

Por Aletheya Alves | 26/03/2024 07:23
Grupo El Trio abriu o 1º Festival Internacional de Jazz. (Foto: Juliano Almeida)
Grupo El Trio abriu o 1º Festival Internacional de Jazz. (Foto: Juliano Almeida)

Os olhos e ouvidos de quem passou pelo terminal de ônibus das Moreninhas na noite desta segunda-feira (25) se conectaram às improvisações do grupo El Trio, que deu início ao 1º Festival Internacional de Jazz em Campo Grande. E, curiosos com o show de algo que não está entre os gêneros musicais mais ouvidos no Estado, teve gente que mesmo sem precisar pegar ônibus, foi até o terminal.

Na lateral do terminal, as irmãs Marcela Lara e Thamires de Albuquerque ficaram sabendo sobre o show de jazz e, às 18h, estavam aguardando pela apresentação. “A gente tinha ouvido falar, mas se alguém pedisse para reconhecer, a gente não saberia dizer que é jazz”, diz Thamires.

Acostumadas a ouvir sertanejo e trap, elas explicam que não costumam assistir a shows por falta de oportunidade. Tanto é que, assim que ficaram sabendo sobre o festival, quiseram aproveitar.

Marcela e Thamires saíram de casa para assistir ao show. (Foto: Juliano Almeida)
Marcela e Thamires saíram de casa para assistir ao show. (Foto: Juliano Almeida)

"É difícil a gente sair daqui das Moreninhas porque é uma hora de ônibus até o Centro. Geralmente, quem mora aqui só sai quando é muito necessário. Então, seria bom se tivesse mais shows, mais cultura aqui. Acho que até mais pessoas iam querer assistir", relata Marcela.

Já Pedro de Avilan ficou bem pertinho dos músicos para não perder nenhum momento. Diferente das meninas, o morador explica que é fã do jazz há anos e que ver um festival do tipo em Campo Grande é uma vitória.

“Jazz é uma música libertadora, as pessoas precisam ter acesso, precisam conhecer e poder gostar. Acho que a maioria não sabe o que é mesmo, mas vir aqui para o terminal faz com que elas fiquem interessadas”, relata Pedro.

Assim como as irmãs, ele defende a presença de mais festivais no bairro e cita que justamente por ser tão grande mostra que existe uma boa demanda.

Terminal das Moreninhas foi o primeiro a receber a programação. (Foto: Juliano Almeida)
Terminal das Moreninhas foi o primeiro a receber a programação. (Foto: Juliano Almeida)

Vendo as reações do público, a idealizadora e produtora Franciella Cavalheri, que divide a organização do evento com Adriel Santos, explica que cada apresentação é única. “Essa é também uma oportunidade da gente pensar sobre nossa relação com o presente. Nesse tempo em que as pessoas estão tão presas no passado ou no futuro, sem aproveitar o presente e pensar nele, esse é um convite. Cada apresentação é única, ela não vai se repetir e o jazz oferece essa reflexão”.

Sobre a idealização do festival, Franciella explica que há alguns anos ela e Adriel vêm tentando abrir espaços para o jazz em Campo Grande. E o evento levou todo um planejamento para que se tornasse um marco na história da cidade.

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Em 124 anos de Campo Grande, nunca tivemos um festival de jazz. Nós vemos o jazz em filmes, comerciais, então também precisamos desse espaço para levar até o público. Acredito que são etapas que vão sendo conquistadas e, além do jazz, vamos pensando sobre outros tipos de música também, completa a organizadora.

Segunda etapa

Após as apresentações nos terminais, entre os dias 28 e 31 o Armazém Cultural é que recebe os shows. Localizado na Esplanada Ferroviária, o espaço será adaptado para o festival, considerando a acústica, inserção de cadeiras e arquibancada, além de camarins e praça de alimentação.

Na lista de quem integra o festival estão Katie Thiroux Trio, da Califórnia (EUA), o trombonista Ryan Keberle, de Nova York (EUA), e Edu Ribeiro Trio, de São Paulo (SP). Também está prevista a presença do DDG4, de São Paulo (Brasil). Os shows na Esplanada começam com os concertos dos grupos sul-mato-grossenses Urbem e Barah Trio.

Haverá ainda um concerto dedicado a Antônio Porto, músico sul-mato-grossense que estimulou o surgimento de uma cena jazzística em Campo Grande nos anos 1990 e influenciou uma nova geração de músicos da Capital a tocar jazz.

Confira a programação do Campo Grande Jazz Festival

26/03 (Ter) - 18h

  • Local: Terminal de Ônibus Nova Bahia
  • Atração: URBEM (MS/BR)

27/03 (Qua) - 18h

  • Local: Ponto de Integração Hércules Maymone
  • Atração: Barah Trio (MS/BR)

28/03 (Qui) - 19h

  • Local: Armazém Cultural
  • Atração: Cerimônia de abertura e EDU RIBEIRO TRIO (SP/BR)

29/03 (Sex) - 19h

  • Armazém Cultural
  • URBEM (MS/BR)
  • RYAN KEBERLE (NY/EUA)

30/03 (Sáb) - 10h

  • Local: Teatro Aracy Balabanian
  • Brunch - DDG4 (SP/BR)

30/03 (Sáb) - 19h

  • Local: Armazém Cultural
  • ANTÔNIO PORTO IN CONCERT
  • DDG4 (SP/BR)

31/03 (Dom) - 19h

  • Local: Armazém Cultural
  • KATIE THIROUX TRIO (LA/EUA)
  • HOMENAGEM A MIGUEL TATOON
  • EL TRIO (MS/BR)

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