Casal que liderava o tráfico de cocaína é preso em hotel no Paraguai
Mato Grosso do Sul era rota de grupo de traficantes, liderado por Derlis Francisco e Liz Floria
Nesta quinta-feira (14), em coordenação com a Operação Pó de Serra, realizada pela PF (Polícia Federal), do Gise (Grupo de Investigações Sensíveis) deflagaram a força-tarefa Ñemi no Paraguai, que levou à prisão de Derlis Francisco Rivas Benitez e Liz Floria Alverico Alfonso, em um hotel em La Paloma, no Departamento de Canindeyú. A cidade fica a 20 km de Salto del Guairá, vizinha de Mundo Novo. O casal, segundo a polícia, liderava o tráfico de drogas entre o Paraguai e o Brasil.
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Em uma operação conjunta da Polícia Federal e da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, foi desmantelada uma organização criminosa liderada por Derlis Francisco Rivas Benitez e Liz Floria Alverico Alfonso, que traficava drogas entre o Paraguai e o Brasil. A força-tarefa Ñemi resultou na prisão do casal em um hotel em La Paloma e na apreensão de cerca de 1 tonelada de cocaína ao longo de um ano. A investigação revelou que a droga era transportada por motoristas que simulavam casais para evitar a fiscalização. Além disso, foram bloqueados bens no valor de 69 milhões de dólares e apreendidos diversos veículos, armas e dinheiro em várias moedas durante a operação, que já havia bloqueado R$ 389 milhões do grupo criminoso anteriormente.
Investigação realizada em cooperação jurídica internacional entre a PF e a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai, foram realizadas 11 apreensões de drogas no período de 1 ano, que totalizaram cerca de 1 tonelada de cocaína para exportação, do Paraguai para o Brasil e Europa, saindo pelos portos marítimos da região Sul do Brasil.
Na investigação, foi descoberto que os motoristas recrutados pelo grupo criminoso transportavam a droga de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã, até a região de Katueté, também cidade paraguaia a 50 km de MS. Eles seguiam pela rodovia brasileira que corta as cidades de Amambai, Tacuru e Sete Quedas, no Mato Grosso do Sul.
O destino das drogas incluiu diversas cidades brasileiras: Umuarama (PR), Maringá (PR) e Curitiba (PR), além de cidades localizadas em Santa Catarina como Balneário Camboriú, Itajaí e Joinville. Para transportar a droga, o grupo utilizou homens e mulheres, simulando casais, com o objetivo de esconder o verdadeiro motivo da viagem em caso de fiscalização policial no caminho. Para descapitalizar a organização criminosa foi determinada a apreensão de bens móveis e imóveis no Brasil, além do congelamento de contas de valor superior a 69 milhões de dólares, vinculadas a 31 pessoas sob investigação.
Durante a operação foram apreendidos no Paraguai 72 cartuchos de vários calibres, duas armas, duas máquinas de contar notas e, no Brasil, 44 veículos, dois barcos, 14 armas, 684 munições, dinheiro em reais, dólares e euros e diversas joias.
Pó de Serra - Na última terça-feira, a Operação Pó de Serra já havia bloqueado R$ 389 milhões do grupo criminoso, cumprido 11 mandados de prisões preventivas e mandados de busca a apreensão nos municípios de Amambai, Naviraí e Mundo Novo, em Mato Grosso do Sul, além de Umuarama, Guaíra, Maringá, Rolândia, no Paraná.
A investigação iniciou no final do ano passado, a partir da prisão em flagrante de um casal em Guaíra. Na ocasião, o homem e a mulher foram flagrados transportando 53 quilos de cocaína. O destino da droga seria a cidade de Umuarama (PR). No decorrer das diligências, a polícia conseguiu apreender uma tonelada de cocaína. Conforme divulgado pela Polícia Federal, desde 2020, o grupo transportou mais de 20 toneladas da droga.
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