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Capital

Número de hortas urbanas mais que dobrou em dois anos em Campo Grande

"Cinturão verde" tem 263 locais que fornecem para restaurantes e gente que compra verdura colhida na hora

Por Caroline Maldonado | 30/06/2024 08:31
Anturi Matos de Oliveira manuseia alface cultivada em horta no Bairro Jardim Centenário. (Foto: Divulgação/PMCG)
Anturi Matos de Oliveira manuseia alface cultivada em horta no Bairro Jardim Centenário. (Foto: Divulgação/PMCG)

Em abril de 2022, Campo Grande tinha 126 hortas urbanas, mas o número mais que dobrou em dois anos. Hoje, são 263 hortas, sendo 188 com fins comerciais e 75 com finalidade social. Elas compõem o chamado "cinturão verde", que cresce devido ao apoio da Sidagro (Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio) às famílias que empreendem na área.

Restaurantes, lanchonetes e moradores da região são os que mais compram dos pequenos agricultores. Na horta do Anturi Matos de Oliveira, no Bairro Jardim Centenário quem chega e vê as hortaliças na terra compra ali mesmo. Os dois hectares de terra, que estavam desocupados, há três meses abrigam 93 canteiros com alface, coentro, berinjela, rúcula, couve, quiabo, repolho, tomate cereja, entre outros.

“Vendo aqui mesmo. A pessoa chega falando o que quer, a gente colhe na hora e cliente já leva. Atendo tanto quem mora aqui pertinho e vem comprar um pé de alface, um de rúcula, como restaurantes que vem diariamente levar a verdura do dia a dia”, conta Anturi.

O programa Agricultura Forte e Sustentável oferece orientação, cessão de máquinas agrícolas, doação de mudas e adubos para que o pequeno produtor possa produzir com mais qualidade e se torne competitivo. Somente em 2023, a Sidagro entregou mais de 93 mil mudas de hortaliças e verduras e 600 toneladas de adubo orgânico para beneficiar a produção da agricultura familiar.

No asilo São João Bosco a horta foi retomada há um mês para complementar a alimentação dos 90 idosos e trabalhadores, além de servir como ferramenta de terapia ocupacional. O cultivo e manutenção das hortaliças fazem parte da terapia ocupacional dos idosos. A horta também pode gerar renda para o asilo, quando sobram verduras, segundo o presidente do asilo, Gercino José dos Anjos.

No local foram abertos, inicialmente, 18 canteiros com alface, rúcula, almeirão, rabanetes, beterraba e pimenta cumbuci. Nas covas foram plantadas abóbora paulista e brasileira, além da mandioca, que é a preferência dos sul-mato-grossenses.

O secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Ademar Silva Júnior, destaca que o aumento das hortas potencializa a produção de alimentos frescos e saudáveis e reduz a dependência de alimentos importados de outros estados.

“É preciso, cada vez mais, incentivar práticas agrícolas mais sustentáveis, fazendo com que a economia local circule melhor. Este trabalho de fomento à agricultura familiar foi intensificado nos últimos anos e o resultado está aí: o dobro de hortas urbanas em dois anos”, comenta Ademar.

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