Demolido, antigo prédio da rede São Bento demonstra o fim de uma era
Reportagem identificou ao menos cinco cofres de metal espalhados entre os escombros e muitos móveis de madeira
Demolido, prédio de antiga loja da Drogaria São Bento na esquina das ruas Ceará e Amazonas virou depósito de entulhos. Móveis antigos e quebrados, alguns restos de remédio, ferros e até cofres ficaram à disposição no local, facilmente acessível a qualquer um. Reportagem do Campo Grande News verificou um casal e uma senhora catando os restos por lá.
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O prédio demolido da antiga Drogaria São Bento, localizado na esquina das ruas Ceará e Amazonas em Campo Grande, tornou-se um depósito de entulhos com móveis quebrados, restos de medicamentos e cofres abandonados. O local, que abrigava uma das principais lojas da família Buainain, simboliza a derrocada de um império farmacêutico que chegou a ter 91 lojas em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Fundada em 1948, a rede acumulou dívidas de R$ 77,7 milhões até 2015, quando entrou em recuperação judicial. Em dezembro de 2022, a empresa firmou acordo de R$ 15 milhões na Justiça do Trabalho para quitar 250 processos trabalhistas. O imóvel, um dos poucos próprios do grupo, deve ser transformado em concessionária.
O espaço, que foi uma das maiores farmácias da família Buainain em Campo Grande, parece concretizar o que os processos judiciais milionários mostram de forma abstrata: a queda de um império, que tinha tudo para ser um das empresas mais bem sucedidas de Mato Grosso do Sul e com a primeira loja fundada em 1948. Em MS e em Mato Grosso, o grupo chegou a ter 91 lojas.
No local, a reportagem identificou ao menos cinco cofres de metal espalhados entre os escombros e muitos móveis de madeira. Estantes de mostruários de maquiagem e placas de identificação de medicamentos também ocupavam a área.
Localizada em região nobre de Campo Grande, a antiga loja era uma das únicas de propriedade do grupo, que costumava alugar imóveis para instalação das farmácias.
Aparentemente o local foi vendido e deverá ser transformado em concessionária. A reportagem entrou em contato com números de telefone da família para tentar confirmar a informação, mas não houve retorno.
Em dezembro do ano passado, a Justiça do Trabalho de Mato Grosso do Sul firmou um acordo no valor de R$ 15 milhões com empresas do Grupo São Bento. A conciliação, homologada no dia 19 de dezembro pela juíza do trabalho Fátima Regina de Saboya Salgado, previa a quitação de 250 processos trabalhistas, beneficiando a mesma quantidade de trabalhadores.
O total das dívidas da empresa, já somados os inadimplementos trabalhistas, chegavam a R$ 77,7 milhões em 2015, quando ela entrou com pedido de recuperação judicial.
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