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Capital

Em vez do luto, família doa brinquedos para “honrar” curta vida de Eloah

Corrente do bem envolve familiares, amigos e as redes sociais, resultando em bolas, carrinhos e bonecas

Aline dos Santos e Bruna Kaspary | 12/10/2017 11:51
Família entrega presentes para crianças em residencial. (Foto: André Bittar)
Família entrega presentes para crianças em residencial. (Foto: André Bittar)

Trocar a dor da perda da filha caçula pelo sorriso no rosto das outras crianças. A corajosa escolha foi feita pela família de Eloah, que morreu em 13 de outubro do ano passado, levada por uma leucemia. Hoje, quase um ano depois, o grupo #amigosdaeloah, liderado pelos pais da menina, vai à rua espalhar alegria em forma de 500 brinquedos.

“Para não guardar a dor, resolvi dar brinquedos no Dia das Crianças e Natal. Ela só viveu cinco anos, mas foram cinco anos maravilhosos. Ela tinha Síndrome de Down, que não é doença, tem apenas um cromossomo a mais e esse é do amor”, afirma a funcionária pública Rosângela da Fonseca Pereira, 49 anos, mãe de Eloah, que era a mais nova dos sete filhos.

A decisão de fazer do luto uma jornada para o bem foi tomada no Natal de 2016. “Nem queria fazer nada, mas eu precisava honrar a Eloah. Ela não é tristeza, nunca foi”, relata. O segundo passo foi pedir que em vez da tradicional troca de presentes, cada familiar levasse brinquedo para ser distribuído para as crianças. Num dia, foram arrecadados cem brinquedos.

Pai da menina, o arquiteto Maurício Dobes Serra, 52 anos, se recorda da alegria da filha e o carinho pelos animais.

A corrente envolve familiares, amigos e as redes sociais, resultando em bolas, carrinhos e bonecas. A reportagem do Campo Grande News acompanhou nesta quinta-feira (dia 12) a entrega de presentes num residencial, na rua Padre Julião Urquiza, Jardim Monte Alegre, Campo Grande.

Brinquedos também serão entregues no setor de oncologia do HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian e em um abrigo para crianças.

"Eu precisava honrar a Eloah. Ela não é tristeza, nunca foi”, conta Rosângela, mãe da menina. (Foto: André Bittar)
"Eu precisava honrar a Eloah. Ela não é tristeza, nunca foi”, conta Rosângela, mãe da menina. (Foto: André Bittar)
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