Obras no Aquário recomeçam só após mudanças na segurança
Auditores do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) exigem adequação para só depois liberarem a obra no Aquário do Pantanal. Falta guarda-corpo e linha de vida, fio utilizado para escalar onde o trabalhador fica amarrado. O prazo é indeterminado e a construção será retomada somente após a regularização.
A fiscalização nesta sexta-feira (17) as obras no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, terminou com o local embargado por falta de seguranças aos trabalhadores.
De acordo com os auditores fiscais, as obras foram interditadas quase que por completo por não oferecer estrutura em locais com altura para os trabalhadores. Somente uma etapa, feita no chão, foi liberada.
A equipe que fiscaliza é formada por nove auditores fiscais. Eles visitam grandes obras sem agendamento.
Kléber Silva, um dos auditores, comentou que “toda obra tem que ter um Pecmat (Programa de Controle Meio Ambiente do Trabalho). Existe um programa nessa obra, mas não foi feito por um engenheiro de Segurança no Trabalho. Esta foi feita por um técnico”.
Também foram fiscalizados os locais que os 138 trabalhadores estão morando. Os alojamentos, localizados no bairro Maria Aparecida Pedrossian, foram encontrados super lotados e com falta de água potável. Somente numa casa moram 24 operários. “São pessoas do Piauí, Ceará e Maranhão. Existe uma padrão para um espaço ideal de três metros quadrados por pessoa, isso não está sendo cumprido”, avisa Kléber. De acordo com os auditores, isso também deve ser regularizado.
Também trabalham nas obras do Aquário do Pantanal outros 47 operários terceirizados.
Em Campo Grande foram verificadas irregularidades em obras da MRV, PDG, Brookfield, Plaenge e Egelte. Todas as empresas se mostraram receptivas e prometerem se regularizar.
Na segunda-feira (20) os auditores fiscais irão fazer análise de documentos da obra e dos trabalhadores. A visita será encerrada com palestra para as empresas fiscalizadas sobre quais medidas devem ser tomadas.