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Capital

Policial penal é flagrado com cocaína e confessa fazer "bicos" para os presos

Policial confessou fazer serviços "por fora" para detentos do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira

Por Dayene Paz | 05/07/2024 10:33
Fachada do presídio da Gameleira, onde policial penal está lotado. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Fachada do presídio da Gameleira, onde policial penal está lotado. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

O policial penal Leandro Ramires Pinheiro, de 35 anos, foi preso no fim da tarde desta quinta-feira (4) por agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) ao ser flagrado com tabletes de cocaína, na Avenida Costa e Silva, região da Vila Progresso, em Campo Grande. Leandro confessou fazer serviços "por fora" para detentos do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, zona rural da Capital.

O flagrante foi feito depois que o setor de Inteligência do Gaeco recebeu denúncia sobre o policial penal estar com drogas em uma motocicleta Yamaha. Leandro foi monitorado até sair de casa com a moto, no fim da tarde de ontem. Na Avenida Costa e Silva, foi abordado pelos agentes, que vistoriaram a mochila.

Os agentes encontraram dois tabletes de cocaína e Leandro acabou preso em flagrante por tráfico de drogas. Levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol, foi ouvido pela polícia. Leandro então disse que está lotado atualmente na Gameleira e faz serviços "por fora" para alguns detentos. Por cada entrega recebe R$ 250.

Contudo, Leandro diz que pega apenas celulares com familiares ou amigos dos detentos e desconhecia haver drogas na sacola que pegou no Jardim Canguru. Conta que havia uma caixa de celular por cima e a droga não estava visível. Ainda, alegou saber ser uma conduta ilícita, mas precisava de dinheiro para arrumar a motocicleta que pertence ao pai dele.

Leandro passou por audiência de custódia nesta sexta-feira (5) e teve a prisão preventiva decretada. "(...) trata-se de possível participação do autuado, ou no mínimo, colaboração com organização criminosa, haja vista as circunstâncias fáticas narradas no inquérito policial. (...) além disso, sua condição profissional revela-se ainda de maior gravidade, visto que tem acesso a custodiados faccionados e possui autorização para portar arma de fogo e munições", disse o juiz Eduardo Eugênio ao manter a prisão.

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