ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
OUTUBRO, DOMINGO  06    CAMPO GRANDE 26º

Meio Ambiente

Contrato busca renovar certificação de carbono neutro do turismo em Bonito

Green Initiative tem aval da ONU para certificação climática, em acordo firmado com a Fundtur

Por Silvia Frias | 08/07/2024 11:28
Mergulho na Nascente Azul, um dos atrativos de Bonito (Foto: Flávio André/Ministério do Turismo)
Mergulho na Nascente Azul, um dos atrativos de Bonito (Foto: Flávio André/Ministério do Turismo)

Contrato firmado entre a Fundtur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul) e a Green Initiative Brasil Ltda busca renovar a certificação de Bonito como destino de ecoturismo carbono neutro. O município, distante 248 quilômetros de Campo Grande, já havia recebido a certificação pela primeira vez em dezembro de 2022.

O contrato foi firmado com uma das 30 empresas que tem o aval da ONU (Organização das Nações Unidas) para serviço de consultoria e certificação climática. O valor é de R$ 555 mil, com vigência de 16 meses, de julho de 2024 a novembro de 2025, podendo ser prorrogável conforme necessidade.

A empresa deverá realizar o ciclo de certificação carbono neutro do destino turístico de Bonito, quando o sistema considerado absorve todo o carbono emitido nas atividades desenvolvidas. Pelo contrato firmado com a Fundtur, a Green também deve apoiar a elaboração dos alinhamentos estratégicos de ação climática no setor em Mato Grosso do Sul, no âmbito da Declaração de Glasgow, que trata das estratégias para combater emergências climáticas.

A prefeitura de Bonito informou que este é o terceiro ano da contratação, prevista para ser realizada até 2028.

O presidente da Fundtur, Bruno Wedling, explica que a renovação da certificação precisa ser feita anualmente. O trabalho, segundo Wedling, está alinhado com a meta do governo estadual de certificação de carbono neutro no Estado até 2030.

“A certificação ainda é necessária, até que a redução do carbono seja trabalho contínuo, regular, aí a certificação seria só detalhe”, explicou.

Praça da Liberdade, na região central de Bonito (Foto: Filipe Brites/Ascom)
Praça da Liberdade, na região central de Bonito (Foto: Filipe Brites/Ascom)

Os certificados permitem que o destino turístico promova ações que impulsionem a inovação de produtos e serviços inteligentes, sob o ponto de vista climático; implementem ações concretas para controlar e reduzir as emissões de gases de efeito estufa; e trabalhem em incentivos para atrair e promover investimentos que procurem impactos positivos no clima e na biodiversidade.

Também auxiliam na quantificação de carbono produzidos pelas atividades turísticas e mostram como os ecossistemas atuam para absorver os gases que causam o aquecimento do planeta. Com isso, é possível estabelecer metas para reduzir as emissões, avaliar como estão progredindo e atrair incentivos para ajudar no combate às mudanças climáticas.

No caso de Bonito, segundo informações do Ministério do Turismo, auxiliará a cidade se tornar mais competitiva no cenário internacional e a ser exemplo de destino turístico sustentável.

“A certificação de carbono neutro na verdade, era o próximo passo, digamos assim, de tudo que praticamos em Bonito nas últimas décadas, sempre buscando práticas e iniciativas que preservem o nosso meio ambiente, que é a maior riqueza que temos aqui”, diz o diretor de Turismo de Bonito.

Atrativo - Além de Bonito, a Estância Mimosa recebeu, em agosto de 2023,  a certificação de primeiro atrativo turístico “Climate Positive” (quando o sistema considerado absorve mais do que o carbono emitido das atividades desenvolvidas). Para isso, seguiu rigorosos critérios de sustentabilidade e responsabilidade ambiental estabelecidos pela Green Initiative.

A Certificação Climate Positive demonstra que a Estância Mimosa não apenas possui um balanço neutro entre suas emissões, capturas e compensações, mas também contribui ativamente para mitigação das mudanças climáticas por preservar e recuperar florestas nativas dentro dos limites do atrativo, que contabilizam por mais de 84% da área total da propriedade. A preservação dessas florestas garante que o carbono presente em sua biomassa não seja liberado para a atmosfera por meio da exploração, além de permitir que mais carbono seja capturado pelas plantas ao longo da restauração da floresta.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias