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Interior

Agência antidrogas descobre base do tráfico que explora trabalho indígena

Segundo a Senad, organização usa comunidades para produzir droga enviada ao Brasil

Por Helio de Freitas, de Dourados | 03/07/2024 15:59
Agentes da Senad carregam fardos de droga apreendidos na fronteira (Foto: Divulgação)
Agentes da Senad carregam fardos de droga apreendidos na fronteira (Foto: Divulgação)

Três homens foram presos em operação da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai na fronteira com Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira (3). Instalada no Departamento de San Pedro, a organização criminosa explora terras indígenas para produção de maconha, destinada ao comércio brasileiro.

Após sete meses de investigação, a Senad localizou as bases da organização nas colônias Naranjito, Comunidad Indígena Isla Alta, Tapyi Kue e San José del Norte, a 80 km do território sul-mato-grossense, na região de Paranhos.

Simultaneamente, oito equipes da Senad invadiram bases dos traficantes na manhã de hoje e apreenderam uma tonelada de maconha, caminhonetes de alto valor, caminhões armas e munições.

Os três presos na operação da Senad, na fronteira com Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação)
Os três presos na operação da Senad, na fronteira com Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação)

Entre os presos está o chefe da organização, Felipe Santiago Prieto, 50, o “FF”, com antecedentes por narcotráfico, homicídio doloso e tentativa de homicídio. Segundo a Senad, Felipe Prieto é o responsável em coordenar a produção e distribuição de grandes cargas de maconha a facções brasileiras.

Também foram presos César Ramón Rodriguez Sanabria, 54, responsável em levar provisões e alimentos para as áreas de cultivo da droga, e Celfirio Jara Martínez, 56, o “Toro”, gerente do processo de prensagem e empacotamento da droga.

No mês passado, a Senad apreendeu dez toneladas de maconha na mesma região. Segundo a agência, a droga pertencia à organização de Felipe Prieto.

Conforme a Senad, a quadrilha pagava propina a integrantes de organismos de segurança para continuar operando sem ser importunada pela polícia. Ao estilo de outro traficante conhecido na região, Felipe Santiago Acosta Riveros, o “Macho”, o bando de “FF” utilizava comunidades indígenas para cultivar maconha.

A operação recebeu o nome de "Orange", que em inglês significa laranja, em referência à Colônia Naranjito (pequena laranja, em castelhano).

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