Falta de contrapartida de município coloca em risco obra de 181 casas populares
Pendência da gestão anterior pode custar até R$ 3 milhões, diz prefeito de Corumbá
A construção de 181 casas populares no Residencial dos Ipês I e II, em Corumbá, município a 428 quilômetros de Campo Grande, corre o risco de ser suspensa devido à falta de pagamento da contrapartida por parte da prefeitura. Orçada em R$ 24 milhões, a obra conta com recursos da União e do Governo do Estado.
O problema foi identificado em uma reunião entre o prefeito recém-empossado, Gabriel Alves de Oliveira (PSB), e o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação e Regularização Fundiária de Corumbá, Madson Ramão.
"A situação se agrava ainda mais pela necessidade de detonação de rochas para abrir vias públicas e implantar infraestrutura básica, como redes de drenagem, água e esgoto, o que exigirá mais recursos e ainda não teve licitação aberta. Tudo pode custar quase R$ 3 milhões para Corumbá", destaca Gabriel em nota enviada à imprensa.
De acordo com o município, a pendência financeira é uma das principais razões para o bloqueio do repasse de recursos federais, o que pode levar ao cancelamento da obra, que busca atender famílias de baixa renda na cidade.
"Essas pendências, conforme e-mail da Caixa Econômica Federal, se não forem sanadas, podem causar a suspensão do repasse dos recursos federais e, por consequência, o cancelamento da construção das 181 casas", finaliza o prefeito.
Conforme já noticiado pela reportagem, o contrato que autoriza o repasse de R$ 16,2 milhões da União e R$ 6,6 milhões do Estado foi assinado pelo ex-prefeito Marcelo Iunes (PSDB) em novembro do ano passado.
Na ocasião, ficou acordada a construção de 181 casas em uma área de 17,1 mil m² para famílias com renda de até R$ 2,8 mil, atendidas pelo FAR (Fundo de Arrendamento Residencial).
Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp.