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Interior

Homem que matou ex na frente da filha é condenado a 24 anos de prisão

Adriana Pereira foi morta a tiros no dia 23 de julho deste ano e autor foi julgado na terça-feira

Por Ana Paula Chuva | 08/11/2023 15:50
Júlio Cesar (camiseta azul) sentado no banco dos réus durante julgamento (Foto: Rhobson Lima | O Pantaneiro)
Júlio Cesar (camiseta azul) sentado no banco dos réus durante julgamento (Foto: Rhobson Lima | O Pantaneiro)

Júlio Cesar Miranda dos Santos, 39 anos, foi condenado a 24 anos de prisão por matar a ex-esposa Adriana Pereira. O crime aconteceu no dia 23 de julho deste ano em Anastácio, cidade a 122 quilômetros de Campo Grande, e o autor passou por julgamento nesta terça-feira (7), na mesma cidade.

O júri começou por volta das 14h de ontem e durou aproximadamente sete horas. Familiares e amigos de Adriana estiveram presentes na sessão, alguns vestindo camiseta estampada com a foto da vítima e pedindo justiça. A arma usada no crime foi apresentada pelo promotor Marcos Martins de Brito, responsável pela acusação.

Durante seu depoimento ao juiz Luciano Pedro Beladelli, o autor pediu perdão aos familiares da vítima e confessou ter feito os disparos que mataram Adriana. A defesa do réu foi feita pela defensora pública Sara Cursino.

A sessão terminou por volta das 21h de ontem e Júlio Cesar foi condenado a 24 anos de prisão por feminicídio. O regime inicial para cumprimento da sentença é o fechado.

Familiares e amigos de Adriana durante o julgamento nesta terça-feira (Foto: Ronald Regis | O Pantaneiro)
Familiares e amigos de Adriana durante o julgamento nesta terça-feira (Foto: Ronald Regis | O Pantaneiro)

O crime - Adriana Pereira foi assassinada por Júlio na frente da filha da vítima, de apenas 9 anos de idade. De acordo com a delegada Karolina Souza Pereira, titular da delegacia de Anastácio e responsável pelo caso, a vítima estava fechando o comércio da família, por volta das 14h30 de domingo, quando foi surpreendida pelo ex-marido.

Ele entrou no local e efetuou cinco tiros contra Adriana, que foi socorrida às pressas pelo cunhado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no pronto-socorro da cidade. Júlio fugiu e até o momento não foi encontrado. A Polícia Civil solicitou prisão preventiva contra ele.

Dois dias depois do crime, Júlio se entregou à polícia e após prestar depoimento foi encaminhado para presídio. Na ocasião, ele afirmou que cometeu o crime por ter sido chamado de corno pela vítima e acabou ficando revoltado. O homem chegou a negar que a filha do casal estava no local e disse que após a discussão com a vítima, atirou e saiu andando.

No dia cinco daquele mês, Adriana já havia procurado a delegacia para registrar que Júlio teria descumprido medida protetiva. Na ocasião, ela relatou que saiu da casa de uma amiga e foi seguida pelo homem. Ele então emparelhou o carro com o veículo da vítima e teria dito que a mulher não prestava e não aceitava a separação.

Adriana fechava a loja quando foi surpreendida e morta pelo autor (Foto: Reprodução | Facebook)
Adriana fechava a loja quando foi surpreendida e morta pelo autor (Foto: Reprodução | Facebook)

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* Com informações O Pantaneiro.

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