Mulher com pele necrosada aguarda vaga em hospital para cirurgia
Infecção foi classificada como grau 2, que representa urgência, mas sem risco iminente de morte
A camareira Lilia Marta Almada, de 38 anos, enfrenta uma infecção com necrose na região do glúteo esquerdo, classificada como grau 2. Há 2 dias, ela está à espera de uma vaga hospitalar para conseguir operar e tirar a pele apodrecida.
RESUMO
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A camareira Lilia Marta Almada, de 38 anos, enfrenta uma infecção com necrose no glúteo esquerdo e aguarda vaga hospitalar para cirurgia. A situação começou com um furúnculo em abril e se agravou rapidamente devido a doenças crônicas como diabetes e lúpus. Após várias idas ao posto de saúde, a necrose aumentou e foi classificada como grau 2, urgência sem risco iminente de morte. A Defensoria Pública não pode intervir, pois só atua em casos de risco de morte. A Secretaria de Saúde informou que Lilia está estável, sob cuidados médicos e aguarda transferência hospitalar.
Segundo Lilia, os primeiros sintomas começaram no dia 7 de abril, quando procurou atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Aero Rancho após notar o aumento da dor e inflamação causados por um furúnculo. Naquele dia, ela tomou os remédios prescritos, mas afirma que foi liberada sem prescrição de antibióticos, por exemplo.
Com histórico de doenças crônicas como diabetes, lúpus, fibromialgia e anemia, ela relata que tem dificuldade de cicatrização, o que contribuiu para a evolução acelerada do quadro. No dia 11 de abril ela voltou ao posto para atendimento, mas retornou para a casa sem solução.
“O estrago já estava feito. No sábado à noite, o tecido começou a necrosar e foi muito rápido. Era uma necrose pequena e agora está do tamanho de uma laranja”, lamentou.
Na quarta-feira (16), novamente ela foi ao UPA e diante da gravidade, o médico plantonista solicitou vaga hospitalar com classificação de risco grau 2 – que representa urgência, mas sem risco iminente de morte.
Na tentativa de acelerar o processo, Lilia procurou a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, mas foi informada de que o órgão só atua em casos classificados como grau 1, com risco de morte.
“Eu preciso fazer essa cirurgia para tirar esse tecido necrosado em qualquer hospital que aparecer a vaga. Eu tive febre, vomito, não consigo comer. Arde e dói”, pontuou.
Em nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que o quadro da paciente é considerado estável por isso não existe urgência na intervenção.
“A paciente encontra-se há dois dias na unidade de saúde, sob cuidados médicos e em uso de antibiótico. Seu quadro clínico é estável e ele está inserido no sistema de regulação, aguardando transferência para uma unidade hospitalar, classificado como prioridade dois. A Sesau segue acompanhando o caso e reforça seu compromisso com a assistência e a continuidade do cuidado prestado aos pacientes”, disse em nota.
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