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Economia

Usina de energia solar do TJMS significa economia de R$ 1 milhão

Projeto energético atende 100% das comarcas de MS, sendo pioneiro no sistema judiciário do País

Por Silvia Frias e Izabela Carvalho | 26/09/2024 13:41
São seis mil placas solares instaladas na usina, localizada na Gameleira (Foto: Henrique Kawaminami)
São seis mil placas solares instaladas na usina, localizada na Gameleira (Foto: Henrique Kawaminami)

Com seis mil placas solares instaladas, foi lançada oficialmente nesta quinta-feira (26) a usina fotovoltaica do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), instalada na Gameleira. Com investimento total de R$ 30 milhões, o sistema de produção de energia alternativa, que inclui pequenas usinas instaladas em 50 comarcas, irá atender 100% da demanda energética do Poder Judiciário no Estado.

A partir do funcionamento da usina, que ocorreu em junho, calcula-se que já houve economia de cerca de R$ 1 milhão no gasto com energia elétrica no Poder Judiciário de MS.

As usinas solares são sistemas fotovoltaicos de grande porte projetados para a produção de energia elétrica, por meio do processo de conversão da energia pela irradiação solar. Levando em consideração que Mato Grosso do Sul vive um momento de seca e calor intenso, as usinas solares tem um papel importante na mitigação da crise climática, ajudando o Estado na redução da emissão do carbono neutro até 2030.

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O presidente do TJMS, Sérgio Martins, explica que o tribunal em MS é o primeiro a adotar integralmente a produção de energia alternativa. O complexo tem capacidade total de geração de energia de 931 mil quilowatts, o suficiente para suprir o consumo de cidade com quase 5 mil habitantes, com Rio Negro, por exemplo.

O projeto teve início ainda na gestão do desembargador Carlos Eduardo Contar, com aquisição do terreno de 72.780 m² ao custo de R$ 650 mil. Em 2023, a licitação foi aberta e a construção iniciada, já na gestão atual.

Segundo Sérgio Martins, o custo da obra é de R$ 13 milhões e, quando somados às pequenas usinas, ou seja, as placas instaladas nas 50 comarcas de Mato Grosso do Sul, o investimento total ultrapassa os R$ 30 milhões, projetada para gerar energia. Em Campo Grande, há 1.447 placas no prédio do TJMS, no Parque dos Poderes.

Lançamento oficial da usina, que está em funcionamento desde junho (Foto: Henrique Kawaminami)
Lançamento oficial da usina, que está em funcionamento desde junho (Foto: Henrique Kawaminami)

A nova usina foi projetada para gerar 400 mil quilowatts por mês. As placas instaladas na sede do TJ têm capacidade de produção de 90 mil quilowatts. Já as pequenas usinas das 49 comarcas do interior tem geração media mensal de 441 mil quilowatts, chegando a capacidade total de geração de energia chega a 931 mil kW.

O presidente do TJ explica que a usina irá suprir a demanda que não é coberta pelas placas instaladas nas 50 comarcas. A assessoria do tribunal também informou que as outras cinco comarcas que não têm os equipamentos serão atendidas igualmente. “Nós vamos ter sobra que vai para a rede da Energisa para ser utilizada”, diz Martins.

A usina já está em funcionamento desde junho, sendo feita hoje apenas o lançamento oficial, por conta da agenda das autoridades convidadas.

De junho até agosto, diz o presidente, a economia com a geração de energia alternativa é de cerca de R$ 1 milhão, se comparado a igual período de 2023, quando o desembolso foi de R$ 2,7 milhões. A revisão é que o retorno do investimento seja possível em prazo de 7 anos.

Governador de MS, Eduardo Riedel, diz que projeto tem importância ambiental e econômica (Foto: Henrique Kawaminami)
Governador de MS, Eduardo Riedel, diz que projeto tem importância ambiental e econômica (Foto: Henrique Kawaminami)

O presidente da Energisa, Paulo dos Santos, explica que a energia gerada na usina é inserida no sistema e abastece todos os órgãos do Judiciário que integram o projeto. “É um projeto de transição energética que está acontecendo no Brasil, ajuda a estabilizar o sistema”, avaliou. “É projeto importante, energia limpa e renovável, que vem para melhorar a nossa matriz energética”.

O governador do Estado, Eduardo Riedel, disse que este tipo de investimento não é só questão de consciência ou romantismo. "Não faz sentido a preservação de ela não tiver o lastro econômico, os números deixam isso muito claro, em sete anos o tribunal terá retorno, com zero de emissão [carbono]”.

Riedel ainda lembrou que o controle de emissão de carbono faz parte do projeto do Governo de MS, chegando à neutralidade em 2030. “Nossas ações tem sido em prol do meio ambiente, mas com o lastro econômico muito forte e o tribunal sai na frente”.

Presidente do TJMS, Sérgio Martins, diz que retorno do investimento será possível em prazo de 7 anos (Foto: Henrique Kawaminami)
Presidente do TJMS, Sérgio Martins, diz que retorno do investimento será possível em prazo de 7 anos (Foto: Henrique Kawaminami)
Usina foi instalada na Gameleira, em Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)
Usina foi instalada na Gameleira, em Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)

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