Calvície: Anvisa pede cuidado com uso de minoxidil perto de crianças
Pais devem ter cautela para garantir que bebês não entrem em contato com locais

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), nesta quarta-feira (16), emitiu um alerta sobre o risco de bebês desenvolverem crescimento anormal de pelos, conhecido como hipertricose, após contato com áreas do corpo onde foi aplicado minoxidil. O produto é indicado apenas para tratar calvície em homens adultos.
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A Anvisa alertou sobre o risco de hipertricose em bebês após contato com minoxidil, usado para tratar calvície em homens adultos. Casos na Europa mostraram crescimento anormal de pelos em crianças que tocaram a pele de adultos que usavam o medicamento. A situação normalizou após cessar o contato. A Anvisa recomenda que laboratórios incluam o risco na bula e que pais evitem o contato de crianças com o produto. Médicos devem orientar sobre a lavagem das mãos após o uso e evitar que crianças toquem áreas tratadas.
Casos desse tipo foram registrados em países da Europa. Os bebês apresentaram pelos em excesso depois de encostar na pele de adultos que usavam o medicamento. A situação voltou ao normal alguns meses após a interrupção do contato com o produto.
Uma pesquisa intitulada "Exposição Acidental Sistêmica ao Minoxidil em uma População Pediátrica: Um Estudo de Série de Casos de Efeitos Colaterais Cutâneos e Sistêmicos", da Universidade de Granada, na Espanha, publicado no Journal of Clinical Medicine, reconheceu os efeitos do medicamento em crianças de 2 meses a 13 anos.
"Em julho de 2019, foi emitido um alerta sanitário para o recolhimento, na Espanha, de vários conjuntos de omeprazol destinados à formulação magistral, que continham minoxidil em vez de omeprazol. A Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos Médicos foi a instituição responsável pelo alerta sanitário referente aos conjuntos destinados à formulação em xarope ou cápsula", aponta o estudo.
Outros efeitos colaterais cutâneos apareceram em 10% dos pacientes. São alterações na coloração dos pelos com hipertricose, sendo registrados cabelos mais claros em um caso e mais escuros em outro. A hipertricose se desenvolveu apenas nas áreas afetadas, sem alterações na coloração do restante dos pelos.
Por isso, a Anvisa pediu que os laboratórios responsáveis incluam esse risco na bula do remédio. Também recomendou que pais e responsáveis tenham cuidado para evitar que crianças entrem em contato com o minoxidil.
Médicos e profissionais de saúde devem orientar os pacientes a lavar bem as mãos depois do uso e não deixar que crianças encostem nas áreas tratadas. Caso os pais percebam crescimento exagerado de pelos nos pequenos, a recomendação é procurar um médico.
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