Casos de estupro caíram 2,1% e MS ocupa penúltima posição em ranking nacional
Apesar de diariamente casos serem noticiados por aqui, há locais com números muito piores, como no Amazonas
Apesar do aumento de casos registrados no Brasil e de notícias de estupro serem publicas quase diariamente na imprensa, Mato Grosso do Sul apresentou uma queda de 2,1% em crimes sexuais entre 2021 e 2022. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgados nesta quinta-feira (20). Com isso, o Estado ocupada a penúltima posição no ranking nacional, perdendo apenas para Minas Gerais.
Conforme o anuário, foram registrados 2.217 estupros em 2021 contra 2.191 em 2022, o que representa 26 casos a menos. No entanto, a plataforma Sigo Estatística da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) aponta um número diferente de ocorrências registradas pelo crime em Mato Grosso do Sul, sendo 2.071 em 2021 e 2.105 em 2022, ou seja, um aumento de 34 casos em um ano.
Das vítimas, 311 foram mulheres em 2021 e 363 em 2022, aumento de 15,6%. Já os estupros de vulnerável apresentaram uma redução de 3,9%, sendo 1.501 no ano anterior e 1.547 em 2021. No caso dos LGBTQIA+, o número de vítimas é igual nos dois anos, mas o anuário não detalha em números exatos.
Ainda de acordo com o anuário, o Brasil registrou o maior número de casos de estupros da história, sendo ao todo 74.930 vítimas em 2022, aumento de 8,2% em relação ao ano anterior. A maioria das vítimas são crianças de 0 a 13 anos, que representam 61,4% dos casos, sendo 10,4% menores de 4 anos.
Um dos casos que mais chamou atenção o ano passado em Mato Grosso do Sul aconteceu na Capital, quando a pequena "Estrelinha" foi estuprada e morta por um cliente de sua mãe. A menina tinha apenas 11 anos e o autor Maykon Araújo Pereira, 31 anos, confessou o assassinato, mas alegou estar bêbado e não se lembrar do abuso sexual.
Além disso, o levantamento aponta que a maior parte dos abusos, 68,3%, acontece dentro da casa da vítima, com 86,1% dos crimes sendo cometidos por algum conhecido da família e 64,4% sendo por parentes. Já para as vítimas maiores de 14 anos, 77,2% dos agressores são conhecidos e 24,3% são parceiros ou ex-parceiros.
Os dados também mostram que 88,7% das vítimas no país são mulheres, sendo 56,8% negras e 42,3% brancas. Já os homens representam 11,3% dos casos.
No ranking nacional, Mato Grosso do Sul só fica atrás de Minas Gerais, que apresentou uma redução de 8,4%. O Ceará registrou queda de 2% e a Paraíba de 1%. Já o Amazonas lidera o número de casos com aumento de 37,3%, seguido de Roraima com 28,1% e Rio Grande do Norte com 26,2%.
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