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Cidades

Comunidade de MS receberá programa federal de proteção à criança indígena

Aldeia de Dourados foi escolhida com o projeto após morte violenta de uma menina de 11 anos ocorrida em 2021

Jhefferson Gamarra | 27/01/2022 14:17


Reunião virtual entre a ministra Damares e o governador Reinaldo Azambuja (Foto: Divulgação)
Reunião virtual entre a ministra Damares e o governador Reinaldo Azambuja (Foto: Divulgação)

O governo federal, por meiodo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, escolheu a reserva indígena guarani-kaiowá de Dourados para receber um projeto piloto que visa proteger crianças e adolescentes indígenas de qualquer tipo de violência.

O projeto que será desenvolvido em parceria como Governo do Estado, foi anunciado pela ministra Damares Alves em videoconferência com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), nesta quinta-feira (27).

“Vamos levar uma proposta e queremos, em um ano, ter resultados e indicadores que vão nos mostrar o caminho certo para construir um plano nacional de enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente indígena. Sozinhos não vamos conseguir, por isso tem que ser um projeto conjunto”, afirmou Damares durante a reunião virtual.

A reserva indígena de Dourados, foi escolhida para participar do projeto após episódio de extrema violência ocorrido em agosto de 2021, onde uma menina indígena de 11 anos foi vítima de estupro coletivo e depois jogada de penhasco de 22 metros de altura. Na época do episódio a titular da pasta esteve na Aldeia Bororó para conhecer a situação e traçar um plano de enfrentamento a violência.

“Vamos ser parceiros desse projeto. Esse piloto é importante, pois vai mostrar que atuando conjuntamente com políticas transversais, diminuímos a violência e melhoramos a saúde. Que a gente possa ter, ao final do ano, indicadores para construir políticas públicas efetivas para as comunidades indígenas”, destacou Reinaldo Azambuja.

Além da aldeia sul-mato-grossense, foram escolhidas para participar do projeto a área indígena yanomani, nos estados de Rondônia e Amazonas, onde existem casos graves de desnutrição de crianças, e a terra indígena xavante, no Mato Grosso, onde foram registradas diversas ocorrências de jovens afetados pela doença do bicho-de-pé.

As ações em torno do projeto começam já nesta semana. De acordo com a secretária estadual de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho, Elisa Nobre, a ministra vem ao Estado amanhã, sexta-feira (28), às 14h, para iniciar o projeto.

“Estaremos lá para conhecer o que o Ministério está propondo, para que possamos trabalhar de forma integrada e construir indicadores para que as ações possam ser replicadas em outras comunidades indígenas do Brasil”, ressaltou a titular da pasta estadual dos direitos humanos.

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