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Capital

Agepen apura denúncia de preso que expôs plano de ataque contra policiais

Segundo a Agepen, a GISP (Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário) está apurando os fatos

Por Viviane Oliveira | 17/06/2024 11:58
Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira 2, conhecida como Federalzinha (Foto: arquivo / Paulo Francis) 
Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira 2, conhecida como Federalzinha (Foto: arquivo / Paulo Francis)

A Agepen (Agência Estadual Administração do Sistema Penitenciário) apura a denúncia de um preso de 23 anos da Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira 2, conhecido como "Cabeça", que expôs plano do CV (Comando Vermelho) para atacar policiais penais.

Segundo ele, rompeu com a organização criminosa e tinha informações importantes para informar à polícia sobre o modo de operação da facção criminosa e possíveis atentados que iriam acontecer. O registro do boletim de ocorrência foi feito na 5ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, na manhã do último dia 9.

Apesar de informar que não há nenhum dado concreto sobre a denúncia do preso, a Agepen disse que a GISP (Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário) está apurando os fatos.

“Além disso, destacamos que por meio da Gerência de Inteligência, temos realizado o monitoramento contínuo de situações relacionadas a possíveis ameaças contra policiais penais, com a adoção de medidas nos casos identificados”. Dois policiais penais estariam na mira dos faccionados, mas que outros servidores poderiam ser alvos também.

Caso - Segundo Cabeça, a motivação para o ataque seria retaliação pelas ações recentes que prejudicaram os interesses da facção no Estado. Entre essas ações estão operações policiais que resultaram em apreensões de bilhetes da facção, bebidas artesanais ilegais conhecidas como "choca", e outras infrações dentro da prisão.

O plano inclui ações coordenadas para atacar policiais penais como demonstração de poder do Comando Vermelho em Mato Grosso do Sul. A facção já está em posse de armamento significativo, incluindo fuzis AR 15, pistolas 9 mm, revólveres calibre 38, e um equipamento Stinger de longo alcance, aguardando criminosos experientes do Rio de Janeiro para executar os ataques.

Além disso, os membros da facção planejam reivindicar melhorias nas condições dentro das prisões, expandir suas operações ilícitas, recrutar novos membros através do "batismo" e exigir transferências estratégicas de integrantes, como é o caso do líder "Coqueirinho", originário de Mato Grosso.

Cabeça informou ainda que qualquer ação requer o aval do Comando Vermelho de Mato Grosso, mas em caso de negativa, o grupo poderia buscar apoio no Conselho do "Comando dos 13", localizado na penitenciária de Bangu, no Rio de Janeiro.

As comunicações da facção são intermediadas pelo advogado apelidado de "Cabeça Branca", responsável por gerenciar contatos externos, incluindo o tráfico de drogas, pagamentos da facção e coordenação com outros estados. Uma casa de apoio próxima ao condomínio "Alphaville" também seria utilizada para hospedar membros do Comando Vermelho durante suas operações em MS.

Tráfico de drogas - Natural de Rio Verde, Mato Grosso, Cabeça foi preso em dezembro de 2019 em Ponta Porã, distante 313 quilômetros de Campo Grande, transportando 15 tabletes de maconha. Ele seguia em um ônibus interestadual com mais dois suspeitos quando foi flagrado com a droga, que seria levada para Cuiabá.

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