Capital é a 2ª do País onde menos se faz exercício a caminho do trabalho
Campo Grande só perde para Palmas (TO) no ranking do pior índice de atividade física no deslocamento
Campo Grande está na segunda pior colocação no ranking das capitais onde menos se praticam atividades físicas durante o deslocamento, o que inclui por exemplo, caminhar ou pedalar para ir para o trabalho ou estudo. De acordo com a Vigitel (Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) 2019, pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, Palmas (TO) está no último lugar.
Segundo o professor e pesquisador de Educação Física da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Joel Ferreira, além do cidadão estar motivado a praticar exercícios físicos, é necessário que haja políticas públicas para desenvolver a infraestrutura da cidade. “É preciso ter ciclovias da periferia para os centros. Para que a pessoa possa ir a pé, é preciso ter segurança, calçada, iluminação”, explica.
Outro fator importante, segundo ele, é que as empresas precisam oferecer condições adequadas para que os funcionários tenham condição de se exercitar no caminho. “Não adianta ter toda infraestrutura urbana, mas o local de trabalho não ter um espaço para trocar de roupa ou tomar uma ducha confortavelmente antes de começar a trabalhar”, explica.
Quando trabalhava como vendedor, o motorista de aplicativo, Luciano Pinheiro, ia de bicicleta para o emprego e relata que a experiência é boa para a saúde, mas que nem sempre é positiva. “Foi bom porque consegui emagrecer, mas o ponto negativo é o sol. Com cinco minutos de bicicleta você tá ensopado já, e as empresas não se importam tanto, onde trabalhei não tinha como tomar banho”, diz.
O relatório mostra que os homens campo-grandenses costumam ter essa prática mais que as mulheres. Ainda segundo a pesquisa, Rio de Janeiro (RJ) tem maior índice de pessoas que praticam atividade física para se deslocar.