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Capital

Capital registra tendência de alta de síndrome respiratória em crianças e idosos

Segundo boletim, esse perfil duplo de crescimento é incomum e requer atenção das autoridades

Por Lucas Mamédio | 05/12/2024 17:46
Vacina contra influenza antes de ser aplicada (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Vacina contra influenza antes de ser aplicada (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (5), aponta uma tendência geral de queda ou estabilidade de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na maior parte do Brasil. No entanto, sete capitais, incluindo Campo Grande (MS), apresentam crescimento na tendência de longo prazo, referente à Semana Epidemiológica 48 (24 a 30 de novembro).

Na capital sul-mato-grossense, o aumento dos casos de SRAG chama atenção por afetar tanto crianças e adolescentes de até 14 anos quanto idosos de 50 a 64 anos. Segundo boletim, esse perfil duplo de crescimento é incomum e requer atenção das autoridades locais.

De acordo com o boletim, os dados laboratoriais indicam que, entre crianças e adolescentes, o rinovírus é o principal agente causador da SRAG, enquanto entre idosos, o SARS-CoV-2, responsável pela covid-19, ainda predomina. Apesar disso, as hospitalizações relacionadas a esses vírus apresentam estabilidade ou leve tendência de queda na maior parte do país.

A pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, orienta que a população de Campo Grande adote medidas preventivas, como o uso de máscaras em locais fechados e maior vigilância em crianças e adolescentes com sintomas gripais. "É essencial que os pais mantenham os filhos em casa caso apresentem sinais de síndrome gripal, evitando a disseminação de vírus nas escolas", destaca.

O cenário nacional - Além de Campo Grande, outras seis capitais registraram aumento de SRAG: Boa Vista (RR), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Manaus (AM), São Paulo (SP) e Vitória (ES). Em Boa Vista e São Paulo, o crescimento concentra-se principalmente entre crianças e adolescentes, enquanto em Manaus há um impacto maior nos idosos com mais de 65 anos.

A prevalência dos casos de SRAG por vírus, nas últimas quatro semanas, reforça o papel do rinovírus, que responde por 41,1% das infecções confirmadas, seguido pelo SARS-CoV-2 (28,2%). Entre os óbitos, cerca de 51% tiveram confirmação laboratorial de vírus respiratórios, com destaque para a covid-19.

Portella reforça a importância da vacinação, especialmente contra a covid-19 e influenza, para prevenir complicações. "Os grupos elegíveis devem buscar os postos de saúde para atualizar suas vacinas, pois elas são uma ferramenta crucial para reduzir o impacto dos vírus respiratórios", afirma.

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