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Capital

Cidade do Ônibus vai reduzir tráfego de 1,2 mil veículos, diz Prefeitura

Wendell Reis | 29/03/2012 11:59

Lançamento da Cidade do Ônibus inicia instalação do Pólo Empresarial da região Sul de Campo Grande

Edil Albuquerque destacou os ganhos com mobilidade urbana e com a preservação ambiental(Foto: Marlon Ganassin)
Edil Albuquerque destacou os ganhos com mobilidade urbana e com a preservação ambiental(Foto: Marlon Ganassin)

O prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB), e o governador André Puccinelli (PMDB) lançaram na manhã desta quinta-feira (29) as obras da “Cidade do Ônibus”, a ser instalada no Anel Rodoviário de Campo Grande, nos fundos das Moreninhas. A obra, segundo o prefeito, atende ao desejo da população das Moreninhas, que como maior mão-de-obra de Campo Grande, com 120 mil trabalhadores, reclamava que não tinha um pólo empresarial e precisava se deslocar bastante para chegar ao trabalho.

Nelson Trad explicou que a obra trará um grande desenvolvimento econômico para o Município, destacando entre os principais pontos a melhoria do trânsito. Segundo o prefeito, aproximadamente, 1200 ônibus que circulam diariamente por Campo Grande não vão percorrer o Centro, o que evitará a danificação do asfalto e contribuirá, principalmente, com a Mobilidade Urbana.

O prefeito lembrou que todas as empresas estarão concentradas no mesmo ponto, onde serão feitas trocas de óleo, abastecimento de combustível, toda a parte mecânica, alojamento para motoristas, em “um Shopping dos Ônibus”, como definiu. O prefeito também ressaltou que próximo ao “shopping” serão construídas casas do Minha Casa Minha Vida, destinada a trabalhadores. “Aqui vão se concentrar todas as linhas estaduais. Não vai ter ônibus no Centro. Tudo ecologicamente correto”, resumiu.

O governador André Puccinelli (PMDB) elogiou a visão futurista da Prefeitura ao lançar a Cidade do Ônibus, destacando o ganho ambiental com a obra. “Ao retirarmos 1,2 mil ônibus do centro da cidade representa menos poluição e menos transtorno... Economia dos insumos que se utiliza na lavagem do ônibus para componente ambiental. Fala mal quem não é visionário, no sentido de vislumbrar, pelo medo do futuro, porque não são ousados”, avaliou.

A expectativa é de que o local que deve conter ainda estacionamento para 150 veículos, refeitório e dormitório comece a funcionar no mês de novembro. “É um condomínio de ônibus concentrado apenas em um local só. O objetivo é concentrar as garagens, que estão localizadas em várias regiões da cidade, com ônibus transitando, indo e vindo não só para garagens, como para rodoviária. Só isso é um ganho, com redução da poluição”, resumiu o titular da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e do Agronegócio), Edil Albuquerque (PMDB).

Edil também ressalta a possibilidade de reduzir o custo para as empresas, que poderão, em vez de adquirir 10 ou 20 ônibus, comprar entre 400 e 500. O secretário acredita que o desenvolvimento da região deve trazer hospitais, creche, posto de saúde. Segundo Edil, a contrapartida dos empresários deve ser de R$ 50 milhões. “Com toda certeza quem vai ganhar é a população”.

Edil fez questão de lembrar que o projeto só será possível porque o empresário Fernando Garcia ousou ao investir em uma região diferente, disponibilizando entre 4.000 e 4.500 lotes a serem comercializados na região, bem como a doação de 500 lotes, de 12/30 para construção de residências do Minha Casa Minha Vida, o que evidencia a importante parceria entre o poder público e as instituições privadas.

Um dos idealizadores do projeto, presidente do Rodosul (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Mato Grosso do Sul), Oswaldo Possari, destaca a possibilidade de poder lavar cinco ônibus com a mesma água, captação de energia solar e água pluvial, o que contribuirá muito com o meio ambiente. Além disso, atentou para outros empreendimentos, como bancos, que poderão executar serviços para os funcionários.

Possari explicou que as empresas estão instaladas no mesmo local há 50 anos e com carros incomodando vizinhos, sem a menor segurança. Com a Cidade dos Ônibus ele prevê um ganho muito grande. Entre outras funções, ele destaca a redução dos 17 postos de combustíveis e 17 lavatórios espalhados por Campo Grande, que ficarão concentrados em um só.

“Aqui a água será tratada de tal sorte que o ônibus possa reutilizar cinco vezes. Hoje em todos os lugares que estão usa uma única vez. Ambientalmente, vai ser maravilhoso. A economia para o município vai ser boa e para o usuário também”, concluiu.

O deputado Paulo Corrêa (PR) elogiou o ganho social, principalmente no que diz respeito a mobilidade urbana, algo que, segundo ele, é frequentemente discutido no Crea. O deputado revelou que a obra é uma das mais acertadas que viu e deve gerar emprego e renda.

O diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade, elogiou os ganhos com a mobilidade urbana, exemplificando que ela está justamente na possibilidade de retirar os focos de problema e conflito, garantindo melhoria da circulação de veículos.

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