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Capital

Com greve, 980 kg de carne estragam e escolas têm merenda para 3 dias

Flávio Paes e Ricardo Campos Jr. | 08/09/2015 18:42
Alimentados estragados estão estocados na SUALIS (Foto: Marcos Herminio)
Alimentados estragados estão estocados na SUALIS (Foto: Marcos Herminio)

A Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde terá que incinerar 985 quilos de carnes destinados à merenda escolar por estarem impróprios para o consumo, com o prazo de validade vencido. Todo esse alimento e mais alguns itens, como arroz, feijão e fubá, foram distribuídos nas unidades da Reme (Rede Municipal de Ensino) durante o período de greve dos professores, não foram consumidos e acabaram estragando nos depósitos e geladeiras das escolas e Ceinfs (Centros de Educação Infantil). Alguns loes de carne foram encaminhados às escolas e abril e tinham prazo de validade até junho. 

Enquanto o material está prestes a ser destruído, a Suali (Superintendência de Abastecimento Alimentar) da prefeitura só tem estoques suficientes para abastecer os estabelecimentos de ensino por mais três dias. A situação só não é pior porque em vários locais têm produtos estocados.

Nesta quarta-feira, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) vai começar a fazer um levantamento para saber o que será preciso comprar emergencialmente para evitar falte merenda. A partir destas informações, prefeito Alcides Bernal (PP) diz que vai consultar os órgãos de controle de contas (TCU e TCE), além dos Ministérios Públicos Estadual e Federal para ter respaldo destas instituições para comprar itens da merenda sem necessidade de passar por um processo de licitação.

Prefeito verificou pessoalmente o material estragado
Prefeito verificou pessoalmente o material estragado

Bernal esteve na tarde desta terça-feira na Suali junto com a procuradoria jurídica, Vigilância Sanitária e MPE (Ministério Público Estadual). Ele pretende denunciar a questão aos órgãos competentes.

Na avaliação do prefeito, a falta de merenda não pode ficar impune, já que caracteriza desperdício de dinheiro público, prejudicando a qualidade da merenda oferecida diariamente as crianças e adolescentes que frequentam as escolas e centros de educação.

Bernal promete fazer uma investigação interna para apurar exatamente porque os antigos gestores deixaram desperdiçar tantos alimentos. “Recebemos denúncias e contatamos pessoalmente que algumas creches estavam servindo para as crianças arroz e feijão, ou achocolatado, dissolvido com água e bolacha”, comenta Bernal.

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