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Capital

Com poucos materiais, moradores vão recomeçar ações em escolinha de favela

Christiane Reis | 29/11/2016 17:07
A tarde foi de limpeza no local onde moradores oferecem reforço escolar para crianças. (Foto: Direto das Ruas)
A tarde foi de limpeza no local onde moradores oferecem reforço escolar para crianças. (Foto: Direto das Ruas)

“Perdemos muitas coisas, mas mesmo assim vamos recomeçar amanhã”, diz Edileuza Luiz, 38 anos, uma das moradoras do Jardim Canguru, onde funciona a Escolinha Filhos da Misericórdia, que ficou completamente alagada na manhã desta terça-feira (29), durante chuva que atingiu Campo Grande.

Os livros e demais materiais disponíveis ficaram molhados e sujos de lama. O local oferece reforço escolar para 65 crianças, com idades de 4 a 10 anos. Três adolescentes de 15 anos também participam do grupo.

“Estamos limpando tudo para recomeçar amanhã, mas a situação ficou bem difícil”, disse a também moradora Luiz Portuete, sobrinha de Edileuza e que a ajuda no cuidado com as crianças. Elas pedem doações de livros e materiais escolares, além de caminhão de aterro e algumas telhas.

Histórico – No Jardim Canguru vive parte das famílias que foram transferidas da favela Cidade de Deus. A escolinha foi construída por meio de mutirão e funciona de forma improvisada nos fundos da casa de Edileuza, única que já tem casa construída.

"Eu terminei com a ajuda da minhã mãe. Ela comprou as telhas para mim, eu terminei e entrei pra dentro", destacou Edileuza Luiz. Ela conta que o local funciona das 8 às 11 horas e das 13 às 16 horas.

Além do dano material, Edileuza lamenta pela perda emocional que o local carrega. As crianças montaram recentemente a Árvore de Natal, que ficou destruída.

"Nossa Árvore de Natal que montamos com tanto amor. É muito triste e muito doroso você viver assim. Agora é esperar a chuva parar colocar tudo para secar e seguir em frente". lamentou. O local é mantido com ajuda de voluntários. 

Interessados em ajudar a recuperar o espaço podem ligar para o número (67) 99322-0600 e falar com a Edileuza.

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