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Capital

Considerado extremamente perigoso, “G7” morreu em confronto com o Bope

Cleyton dos Santos Medeiros, de 30 anos, conhecido como “G7” ou “Doido”, chegou sem vida em UPA

Anahi Zurutuza, Helio de Freitas e Viviane Oliveira | 28/08/2020 09:23
Familiares amparam mulher que chegou gritando e chorando no local onde Cleyton foi morto em confronto (Foto: Marcos Maluf)
Familiares amparam mulher que chegou gritando e chorando no local onde Cleyton foi morto em confronto (Foto: Marcos Maluf)

Um dos principais alvos da Operação Regresso, deflagrada nesta manhã pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) contra o PCC (Primeiro Comando da Capital), Cleyton dos Santos Medeiros, de 30 anos, conhecido como “G7” ou “Doido”, foi morto em confronto com o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais).

Ele estava em residência no Bairro José Abrão, região noroeste de Campo Grande, e resistiu à chegada dos policiais militares, apurou o Campo Grande News, embora detalhes sobre o ocorrido ainda não tenham sido divulgados.

Foto de Cleyton em um dos processos contra ele (Foto: Reprodução)
Foto de Cleyton em um dos processos contra ele (Foto: Reprodução)

Para os policiais que estão nas ruas no cumprimento dos mandados, já havia aviso de que Cleyton era considerado extremamente perigoso.

Ele tem passagens pela polícia registradas desde 2013 por tráfico de drogas, posse irregular de arma de fogo, violência doméstica e por entregar veículo a pessoa não habilitada. Cleyton respondeu ainda a dois processos, por tráfico de drogas e por crimes de organização criminosa, abertos em 2013 e 2018.

No dia 13 de fevereiro deste ano, ele foi condenado a 6 anos de prisão por tráfico pela 3ª Vara Criminal de Campo Grande.

Movimentação em frente a casa onde ocorreu o confronto no Bairro José Abrão (Foto: Marcos Maluf)
Movimentação em frente a casa onde ocorreu o confronto no Bairro José Abrão (Foto: Marcos Maluf)

Morte – Cleyton chegou a ser levado para socorro na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida, mas já chegou sem vida no local, segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Em frente a casa no José Abrão, familiares aguardavam do lado de fora o cumprimento de mandado de busca e apreensão, sem saber da morte e muito apreensivos. Ninguém quis dar entrevista.

Uma mulher chegou pouco depois, gritando e chorando, chamando por “Fred”.

A operação – O Gaeco, o Bope e o Batalhão de Choque da Polícia Militar cumprem em Mato Grosso do Sul 35 mandados de prisão preventiva, além dos mandados de busca e apreensão. Os endereços e alvos são em Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá.

A três dias do “aniversário”, o PCC é alvo de mais uma operação. A facção criminosa faz 27 anos de fundação no dia 31 de agosto, próxima segunda-feira e a data deixa sempre a segurança pública em alerta. Em julho, o Gaeco fez duas operações contra o PCC: a Ponto Cego e Flashback.

Em Campo Grande, a ação também levou equipes até o condomínio Itagi, no bairro Rita Vieira. No local, o Corpo de Bombeiros foi chamado pelo Gaeco para prestar apoio. Em um dos apartamentos, uma mulher tinha acabado de ganhar um bebê, mas não foi necessário atendimento.

Os bombeiros já haviam deixado o residencial, quando foram acionados novamente para transportá-la até o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), mas novamente deixaram o residencial com a viatura vazia. O Gaeco também saiu depois sem levar ninguém preso.

*Colaborou Clayton Neves.

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