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Capital

Depoimentos confirmam que PM matou jovem em frente a boate

Nyelder Rodrigues e Helton Verão | 28/10/2012 22:40
Delegada Franciele Candotti ouviu cerca de cinco testemunhas do crime nesta tarde (Foto: Helton Verão)
Delegada Franciele Candotti ouviu cerca de cinco testemunhas do crime nesta tarde (Foto: Helton Verão)

Os depoimentos de cinco testemunhas confirmam que o policial militar Bonifácio dos Santos Junior, de 36 anos, matou Ike Cézar Gonçalves, de 29 anos. Ele estava de folga. O crime aconteceu em frente à casa de shows Santa Fé, na rua Brilhante, em Campo Grande.

As testemunhas foram ouvidas na tarde deste domingo (28), pela delegada Franciele Candotti Santana.

Por volta das 4h deste domingo, Bonifácio, que é lotado na Cigcoe (Companhia Independente de Policiamento de Crises e Operações Especiais) em frente à casa de show Santa Fé, e em meio a uma confusão, acabou atingido Ike Cézar com um tiro na testa e Max Bruno Souza Leite, de raspão.

Conforme os depoimentos, dois amigos de Bonifácio, ainda não identificados, abordaram uma das meninas que estava no grupo junto à Ike Cézar, começando uma confusão.

O policial não estava ao lado dos dois amigos, mas apareceu alcoolizado durante o desentendimento, sempre repetindo a mesma frase, “eu sou policial”.

As testemunhas também contam que Bonifácio estava dentro do carro, e dali mesmo efetuou os primeiros disparos. Após descer, ele fez mais disparos, um atingindo Ike Cézar e outro pegando de raspão Max Bruno.

Depois, Bonifácio continuou atirando, antes de ir embora do local. Foram disparados entre quatro a sete tiros, segundo os depoimentos, que também indicam que a vítima estava separando a briga.

Bonifácio fugiu do local junto a outro amigo, Osni Ribeiro de Lima, de 36 anos. Ambos foram presos, e Bonifácio ainda apresentava sinais de embriaguez. Em depoimento, ele afirma ter efetuado três disparos para dispersar a confusão, todos para o alto.

Entretanto, segundo a delegada Franciele Candotti, o policial se contradiz nos depoimentos. A advogada dele, Esmeralda Santa Cruz, diz que o calibre da arma usada no crime é diferente do calibre da arma apresentada.

Osni está preso na Depac Piratininga, enquanto Bonifácio está detido no Presídio Militar Estadual, até o fim das investigações. Ele pode responder por homicídio doloso e por tentativa de homicídio.

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