Dono de mercado preso por armazenar carne estragada paga fiança de R$ 5 mil
Estabelecimento foi alvo de ação da Decon e no local foram apreendidos mais 900 kg de produtos impróprios
Dono de mercado preso após ação de Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) teve a liberdade provisória concedida pelo juiz Alexandre Antunes da Silva nesta sexta-feira (17), após pagamento de fiança. No estabelecimento, localizado no Jardim Itamaracá, em Campo Grande, foram encontrados mais de 900 kg de carnes estragadas, além de vacinas para animais.
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Um dono de mercado em Campo Grande, preso pela Decon após a apreensão de mais de 900 kg de carnes estragadas e vacinas veterinárias em seu estabelecimento, teve a liberdade provisória concedida mediante fiança de R$ 5 mil. O juiz considerou não haver indícios de que sua soltura prejudicaria o andamento do processo. O empresário confessou o armazenamento de produtos impróprios para consumo, mas negou tê-los colocado à venda, alegando que parte da carne seria descartada.
O delegado Reginaldo Salomão não representou pela prisão preventiva do empresário, que confessou o armazenamento de produtos impróprios para consumo em depoimento, no entanto, negou que os colocasse à venda. O comerciante afirmou inclusive que parte da carne encontrada em uma das câmaras frias seria descartada no próximo sábado.
Hoje na custódia, o magistrado pontuou que não há indícios de que a liberdade do empresário prejudicará o andamento da instrução criminal ou a aplicação da lei penal futura. Com isso, impôs fiança de R$ 5 mil ao homem e determinou que ele mantenha seu endereço e telefone atualizados, bem como compareça em todos os atos do processo.
O pagamento foi efetuado ainda na nesta manhã e o alvará de soltura foi expedido e cumprido.
Prisão – Na quarta-feira, equipes da Decon estiveram no estabelecimento que fica na Rua Padre Mussa Tuma. No local apreendidos 272 kg de carne suína com cor e odor alterados, 235 salsichas, vencidas há mais de três meses, 58 kg de frango, 32kg de calabresa e 538 kg de peixes com vísceras sem selo de procedência, portanto, produzidos clandestinamente. Além dos 75 frascos de vacinas.
O homem foi preso e em depoimento alegou que as vacinas estavam ali porque eram de uma antiga propriedade rural que foi vendida, assim como os peixes, por isso não tinha certificação. Já a carne encontrada em uma das câmaras frias seria descartada no próximo sábado, provavelmente.
Sobre as linguiças, o comerciante confessou que eram de fabricação própria e por isso estavam sem identificação. Mas que a carne de porco estava esbranquiçada por conta do gelo e nenhuma mercadoria estragada estava exposta à venda. Ele ainda afirmou que já havia protocolado pedido para renovar a licença sanitária do local que estava vencida.
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