Em 1 dia, agentes exterminam 185 focos de mosquito da dengue
Mais de 80 agentes de saúde percorreram as ruas do bairro Guanandi; trabalho continua no domingo
Um dos bairros com as mais altas infestações pelo Aedes aegypti, o Guanandi, na região sudoeste de Campo Grande, recebe neste sábado (23) e domingo (24) um mutirão contra o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. No primeiro dia de trabalho 84 agentes visitaram 2006 imóveis e exterminaram 185 focos do inseto.
Os trabalhos se iniciaram às 7h e foram finalizados às 13. Por volta das 11h o agente de saúde Douglas Cristiano Lima de Oliveira já havia realizado a vistoria em 26 casas e encontrado 1 foco com larvas do mosquito.
Lourival Pereira de Araújo, assessor técnico do CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais), ligada à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), que está coordenando o trabalho conta que nos dois dias os agentes intensificam as ações, já que durante o ano inteiro os moradores são orientados sobre a questão de manter os quintais limpos para evitar a proliferação do mosquito.
Mesmo assim, a quantidade de materiais recolhidos foi grande. Uma praça estava sendo utilizada para concentrar todo tipo de lixo encontrado em terrenos baldios e nos quintais das casas para serem colocados em caminhões e levados para o aterro sanitário. Na manhã deste sábado, pelo menos 3 caçambas foram levadas com materiais como pneus velhos, carcaças de eletrodomésticos e eletroeletrônicos.
Entre os 2006 imóveis visitados pelos agentes de saúde, 7 deles estavam fechados ou abandonados e foi necessário o uso de chaveiro para a entrada. Com Campo Grande enfrentando uma epidemia de dengue, a prefeitura obteve autorização da Justiça para que agentes de saúde possam entrar em imóveis fechados com a ajuda de chaveiros.
O Campo Grande News acompanhou a entrada em um deles, onde havia muito mato e diversos materiais pelo terreno. Pelo menos um foco do mosquito foi encontrado. Segundo a dona de casa Marinalva Alves da Silva, de 54 anos, que mora próximo à residência em questão, a casa está abandonada a cerca de 6 meses, desde que o único morador faleceu.
“É um trabalho muito bom este que estão fazendo. A gente cuida do nosso quintal, mas tem gente que não cuida”, ressalta ela que teve a filha Nilcimara Alves da Silva Lemos, de 30 anos, infectada pela dengue.
O mutirão tem o objetivo de vistoriar ao menos 3 mil imóveis nos dois dias, entretanto a abrangência de ser maior. No domingo os agentes vão continuar com o serviço, entre as 7h e 13h.