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Capital

Entenda o porquê de Campo Grande ainda estar na bandeira vermelha

Mesmo com bom desempenho na vacinação, município não cumpriu satisfatoriamente critérios do programa estadual

Guilherme Correia e Gabriela Couto | 25/08/2021 12:45
Comércio no Centro de Campo Grande não tem mais regras de lotação a cumprir. (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Comércio no Centro de Campo Grande não tem mais regras de lotação a cumprir. (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Ainda que Campo Grande esteja com bom desempenho na aplicação de doses de vacina contra a covid-19, o município não pontuou de forma satisfatória em outros critérios estipulados pelo governo estadual. Tal avaliação faz com que a Capital ainda esteja em “bandeira vermelha”, que indica grau alto de risco da pandemia, e obriga estabelecimentos comerciais a funcionarem com até 50% da capacidade total.

De 0 a 12, o município atingiu 2,78 pontos em relação a “busca ativa e monitoramento dos contatos dos casos confirmados de covid”, por exemplo, quase a metade do que foi verificado na semana anterior. Ou seja, Campo Grande tem piorado no rastreio de pacientes suspeitos ou já infectados com o coronavírus, que podem vir a infectar outros indivíduos.

Já na redução de casos em período de 14 dias, a Capital segue com o mesmo desempenho da semana anterior, ao fazer dois pontos de 20 possíveis nesse critério. Já em relação à mortalidade, o desempenho foi zerado, assim como no percentual de leitos de terapia intensiva ocupados em toda a macrorregião.

Ou seja, há leve redução nos casos em geral, mas ainda há muitos registros de óbitos em comparação com outras cidades e alta internação. Vale lembrar que a média estadual de ocupação de UTIs, segundo boletim epidemiológico publicado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), é de 43% - a macrorregião de saúde da Capital, contudo, está acima de tal índice, atualmente em 62%.

Por fim, o município atingiu pontuação máxima possível na vacinação contra a doença, ou seja, tem aplicado de forma totalmente satisfatória as doses encaminhadas, o que deve surtir efeito nas próximas semanas, na visão de autoridades locais de saúde.

Além de restringir determinadas atividades a metade do total da capacidade, o Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia) estipula que o município não permita aglomerações - ambos até 8 de setembro, quando nova classificação será feita.

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Monitoramento - Segundo o presidente do comitê gestor do Prosseguir, Eduardo Riedel, 41 municípios não mudaram classificação, 15 pioraram, mas 23 cidades melhoraram, o que indica uma melhora em geral. "O balanço geral é a melhora do conjunto do Estado. Hoje, todo ele está em bandeira laranja [na média]. Então, houve uma melhora sim".

A gente vai ter que monitorar aqueles municípios que tiveram piora, o porquê, qual indicador levou a isso, e continuar monitorando. Como eu sempre digo, monitorar, acompanhar e tomar as medidas necessárias em relação evolução da pandemia", afirma Riedel.

Ele destaca que mesmo onde a situação piorou, segundo esses dados, não há previsão de endurecer medidas restritivas, até o momento, para além da definição de lotação, já que a principal ficha tem sido a vacinação. "No momento, não está em questão. Está em bandeira administrável e o impacto na rede de saúde está administrável", completa.

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