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Capital

Escolinha improvisada em favela alaga e moradores pedem ajuda

Interessados podem doar terra para aterro e telhas; Cerca de 95 crianças ficarão sem reforço escolar

Yarima Mecchi | 29/11/2016 09:42
Local ficou totalmente alagado. (Foto:Direto das Ruas)
Local ficou totalmente alagado. (Foto:Direto das Ruas)

A Escolinha Filhos da Misericórdia, que funciona na favela do Jardim Canguru – para onde foi transferida parte das famílias da Cidade de Deus – ficou alagada na manhã desta terça-feira (29) após a chuva que atingiu Campo Grande. O local, que já ameaçou fechar por falta de comida, agora passa por dificuldades por problemas de estrutura.

A escolinha foi construída com a ajuda de um mutirão. Ano passado, quando ainda funcionava na Cidade de Deus, a escola foi destruída pelo fogo e reconstruída com a ajuda da comunidade já no Jardim Canguru, para onde parte dos moradores da Cidade de Deus foi transferida. 

O local funciona de forma improvisada no fundos da casa de uma das antigas moradoras da favela, Edileuza Luiz, de 38 anos. Ela é a única que já tem casa construída pela prefeitura e montou o espaço no quintal.

"Eu terminei com a ajuda da minhã mãe. Ela comprou as telhas para mim, eu terminei e entrei pra dentro", destacou.

Com a chuva e falta de estrutura cadeiras ficaram molhadas.(Foto:Direto das Ruas)
Com a chuva e falta de estrutura cadeiras ficaram molhadas.(Foto:Direto das Ruas)

Ela conta que cerca de 65 crianças vão para o local fazer reforço durante a manhã e 30 à tarde. E como não tem estrutura para escoar a água e cerca de 53 famílias vivem em barracos, muito material foi perdido.

"Precisamos de cadernos, livros, mas o mas principal, se alguém poder nos doar no momento seria um caminhão de aterro e algumas telhas", pediu.

Além do dano material, Edileuza lamenta pela perda emocional que o local carrega. As crianças montaram recentemente a Árvore de Natal, que ficou destruída.

"Nossa Árvore de Natal que montamos com tanto amor. É muito triste e muito doloroso você viver assim. Agora é esperar a chuva parar colocar tudo para secar e seguir em frente" - lamentou.

Interessados em ajudar a recuperar o espaço podem ligar para o número (67) 99322-0600 e falar com a Edileuza.

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