Exclusivo: fim de semana com 'Boneco' teria selado destino de jovem
Um fim de semana na casa de Weverton Silva Ayva, o “Boneco”, 28 anos, pode ter sido o estopim para o assassinato da jovem Victoria Correia Mendonça, 18. Quem levanta a hipótese é o próprio “pivô” da morte da menina, que em entrevista exclusiva ao Campo Grande News revelou que embora estivessem separados há dois meses, Thamara Arguelho de Assis, 21, suspeita de ter matado a 'rival', não aceitava o fim do relacionamento.
Victoria foi assassinada com três tiros na terça-feira (19), na Vila Popular. Segundo o auxiliar de serviços gerais, no fim de semana antes do crime a menina dormiu na casa dele, também localizada na Vila, a convite de sua mãe.
“Tomei até o susto quando a vi em casa, porque a gente estava no aniversário do meu pai, no sábado (16), que mora em outro lugar. Aí quando encontrei ela em casa, Victoria disse que ia dormir lá para cuida da minha filha, que tem 4 anos”, detalha.
O que ele não imaginava é que o assunto percorreria o bairro até chegar aos ouvidos da suspeita. “Eu e a Thamara ficamos juntos um ano e nove meses e foi um relacionamento perturbado. Eram meses de boa e outros de briga. Ela é muito nervosa. Depois que fiquei solteiro, eu a Vitória sempre tomava tereré com o pessoal da Vila e todo mundo falava que a gente estava junto. Até que um dia eu falei ‘se tá todo mundo falando, vamos beijar logo’”, disse Weverton sobre a primeira vez que 'ficou' com a vítima.
Porém, de acordo com o rapaz, seu envolvimento com a ela não passou de três ou quatro “ficadas” e ele não tinha a intenção de começar um namoro com a jovem. “A Thamara já tinha me dito que estava grávida de mim, só que ela também ficava com outros caras. Eu queria até pedir um exame de DNA para ela”, disse o auxiliar, que também não descarta a possibilidade de a suspeita ter inventado a gravidez para que eles reatassem o relacionamento.
“Depois que a gente terminou, nunca mais fiquei com ela. Estava solteiro. Só que a Thamara nunca me disse que ia fazer isso com a Victoria. Eu não imaginava que ela seria capaz de fazer uma coisa dessas. Ela foi muito errada”, conta Weverton, contando ainda que no bairro todo mundo sabia da briga das duas. “Isso aí foi coisa das amigas da Thamara que ficaram na cabeça dela”, supõe.
Boneco diz não ter nada a dizer a Thamara. Se a visse, apenas iria virar as costas. “Se o filho for meu, só Deus sabe o que vai acontecer. Ainda tem muita água pra rolar”, afirma.
Entre as várias passagens pela polícia, Boneco responde por dois homicídios, sendo que por um deles, em 2007, ele foi condenado há oito anos de prisão. “Fiquei uns dois anos preso e há um ano ganhei liberdade. Tenho pago minha dívida com a Justiça. Hoje trabalho para um projeto e limpo praças e até campos de futebol. Não tenho nada a ver com a morte de Victoria, mas lamento o que aconteceu porque ela era muito gente boa”, desabafa.
Thamara se entregou no fim da tarde desta sexta-feira (22) na 7ª Delegacia de Polícia onde foi ouvida pela delegada que investiga o caso Rozeli Galego.