“Faltou estarem no meio do povo, mas escolha foi fácil”, diz eleitor no 2º turno
Pelas ruas de Campo Grande a decisão já está tomada; mas a reclamação é de que as campanhas foram fracas
“Faltou mais boca a boca, faltou estarem no meio do povo”; “Tá meio morno, se fosse antigamente o trabalho era mais intensivo, principalmente aqui na 14 e Afonso Pena”.
As frases acima são dos eleitores. Nas ruas da Capital a decisão sobre quem será a próxima gestora municipal já está tomada e é uma escolha fácil, segundo eles. Para os campo-grandenses, a campanha de ambas as candidatas foi classificada como ‘fraca’ no segundo turno, que acontece nesse domingo (27). Além da questão, eles acrescentam que tanto Adriane Lopes (PP) quanto Rose Modesto (União Brasil) foram ausentes nas ruas no período.
RESUMO
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A campanha para a próxima gestora de Campo Grande foi considerada "fraca" pelos moradores da cidade, com muitas críticas sobre a ausência das candidatas nas ruas e a falta de propostas concretas. O segundo turno foi descrito como "morno" e "parado", com a maioria dos entrevistados afirmando que a decisão sobre quem votar foi fácil. Apesar da falta de entusiasmo, os eleitores destacaram que a campanha foi mais tranquila do que a anterior, com um ambiente político mais saudável.
Apesar do cenário de certeza sobre quem comandará o município nos próximos anos, a postura das candidatas divide opiniões. Isso porque alguns acreditam que ambas não fizeram campanha com propostas, mas sim se ancoraram nas polêmicas e ataques para conquistar votos. Já outros classificam as condutas durante os debates como tranquilas e até ‘paradas’ ou ‘mornas’.
No Parque das Nações Indígenas, o administrador Davi Braga, de 34 anos, que aproveitava o dia com a família, pontua que de maneira geral, a campanha foi melhor que a anterior, tanto no quesito ambiente político quanto às opções de candidatos aptos.
“Tinha opções um pouco mais plausíveis e um ambiente um pouco mais saudável. O segundo turno foi bem morno, as candidatas se posicionaram pra fazer mais do mesmo. Não vi ninguém trazendo mais propostas. Foi uma disputa mais de ataque, elas acabaram indo mais pra esse lado. No meu caso estou escolhendo com facilidade, mas não realmente aquilo que brilha os olhos”, comenta.
Na Rua 14 de julho, o vendedor de água, Maurício Marques Ardais, de 41 anos, destaca que sentiu falta das candidatas no meio da população no segundo turno e acredita que toda campanha foi ruim este ano.
“Acho que foi ruim a campanha, tem gente que nem conhece a prefeita, faltou mais empenho. O segundo turno foi pacífico. A forma de fazer eleição foi muito limitada à propaganda, acho que isso não ajudou. Faltou mais boca a boca, faltou estarem no meio do povo”. Para ele a decisão não é fácil, pois fica confuso com as propostas.
Eduardo Vasconcelos, de 34 anos, também comenta sobre a ausência das candidatas nas ruas. “Acho que está bem morno. O pessoal tá deixando pra fazer o trabalho quase na véspera das eleições. Se fosse antigamente o trabalho era mais intensivo, principalmente aqui na 14 e Avenida Afonso Pena”.
Para ele, a mudança pode ser explicada pelas campanhas estarem sendo feitas de forma mais incisiva na internet e pelo conceito de fazer campanha ser outra. A escolha já está mais que tomada pelo vendedor.
Ainda na 14 de julho, o ambulante Júlio César Garcia, de 28 anos, está tranquilo com a decisão que vai eleger a próxima gestora de Campo Grande. Para ele a escolha também é fácil. No geral, a campanha eleitoral foi tranquila, com pouca variação de candidatos e as mesmas propostas. “Foi parado esse segundo turno, parece jogo de comadre, bem mais parado”, pontuou.
Em frente ao Bioparque Pantanal, a eleitora Dirce Ferreira da Silva, de 80 anos, também já escolheu em quem vai votar. Para a dona de casa, as eleições foram tranquilas, porém mais ‘agressivas’ no segundo turno.
“Parece tranquila, as eleições não tá muito agitado, está meio parado. Achei a campanha mais agressiva dos dois lados no segundo turno, tem uma que eu acho mais tranquila. Não está difícil escolher, pra mim está fácil”.
Todos os entrevistados foram perguntados se acreditam haver alguma resistência por parte dos homens em votar em mulheres, únicas opções no segundo turno. Davi Braga respondeu que talvez alguns sejam resistentes, mas que não é mais o mesmo sentimento de antigamente, ou preconceito.
Já Maurício destacou que é a vez de dar oportunidade às mulheres e fortalecê-las. “O homem fortalece a mulher pra dar oportunidade pra ver o serviço. Ele já teve muita oportunidade”.
Para Eduardo, a escolha pelo gênero é indiferente, já que todos precisam fazer um bom trabalho. A dona de casa, Dirce Ferreira alega que não acredita que homens sejam resistentes a votar em mulheres apenas pelo gênero.
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