"Foi de se estranhar o que aconteceu", diz morador sobre execução no Parati
Para vizinhança, caso foi uma surpresa, já que ninguém suspeitava que houvesse algo errado em mecânica
“Era muito tranquilo. Nunca houve problema. Na vizinhança ficou todo mundo sem entender. Foi de se estranhar o que aconteceu ontem”. A frase é de morador do Bairro Parati, onde ontem à noite Alexandre Barreto de Castro, de 27 anos, conhecido como "Alexandrinho", morreu em confronto com a Polícia Militar.
Durante esta manhã chuvosa, o Campo Grande News foi até o bairro para ouvir moradores, mas apenas um homem de 49 anos quis falar, sem se identificar. Para ele, o caso foi uma surpresa, já que ninguém suspeitava que houvesse algo errado onde aconteceu o tiroteio.
“Não havia suspeita de que havia algo ilegal ali. Abria e fechava normal”, disse, ao comentar que o costume era que a oficina mecânica, onde aconteceu o confronto, abrisse às 7h e fechasse às 17h.
A chuva, pelo que parece, limpou a calçada onde Alexandre acabou morrendo e nenhuma marca de sangue estava presente. Fechada, a mecânica não aparentava ter estado tão movimentada na noite de ontem, quando viaturas, policiais e vizinhança lotaram a frente do estabelecimento.
Caso - Conforme o boletim de ocorrência, a equipe da PM realizava rondas na região quando recebeu informações de um homem usando uma moto preta estava realizando roubos no bairro. Durante as buscas abordaram "Alexandrinho", que estava com uma motocicleta com as mesmas características repassadas.
De início o rapaz obedeceu a ordem, mas assim que os policias foram desembarcar da viatura ele sacou um revólver, que estava na cintura, e apontou para a equipe policial. Rapidamente a PM revidou e atirou contra Alexandre, que caiu no chão ao ser atingido por um tiro no peito. Ele foi socorrido pelos policiais para o Hospital Regional, mas não resistiu ao ferimento e morreu.
(*) Matéria alterada às 13h13 para correção de informações.