Guarda diz que motociclista agredido fazia "rolê" e não tinha CNH
Agente foi afastado após dar chutes em adolescente no Bairro Aero Rancho
A GCM (Guarda Civil Metropolitana) emitiu nota à imprensa após um agente ter sido filmado agredindo um motociclista no fim da noite deste sábado (21), no Bairro Aero Rancho. O condutor do veículo, segundo a guarda, seria menor de idade e havia desrespeitado o sinal de "pare" durante a abordagem da guarnição.
"O indivíduo que aparece no vídeo passando pela abordagem da Guarda, momentos antes havia empreendido fuga da guarnição, pois participava de um 'rolezinho' de motos, motivo pelo qual havia sido abordado, e não estava, naquele momento, atuando como motoentregador", discorre o texto.
A GCM também forneceu um vídeo, onde é possível ver que um dos agentes do Gemop (Grupamento Especializado de Motopatrulhamento) colide com um veículo parado no semáforo e cai na Avenida Thyrson de Almeida.
Apesar da queda, a equipe deu sequência a perseguição, até o momento que o jovem condutor perdeu o controle da direção e foi ao solo na Rua Tancredo Neves, esquina com a Ezequiel Ferreira Lima, junto a uma mulher que estava na garupa. Questionado sobre o que motivou a fuga, o motociclista disse não possuir CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Diante da situação, o condutor foi detido e encaminhado à Polícia Civil para "[...] a adoção das medidas cabíveis".
A reportagem teve acesso ao boletim de ocorrência do caso, onde os agentes que atenderam a ação destacam a fuga do motociclista agredido. "O suspeito desrespeita vários sinais de trânsito, colocando em risco tanto a guarnição quanto pedestres. Além disso, o indivíduo jogou seu veículo diversas vezes contra as viaturas que realizavam o acompanhamento, evidenciando uma condução extremamente perigosa".
Mais cedo a Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social) informou ao Campo Grande News que o servidor foi imediatamente afastado de suas funções por conta do comportamento.
"É importante ressaltar que a Sesdes tem hoje a Corregedoria e a Ouvidoria, por meio das quais recebem denúncias e realizam a apuração dos fatos. A Guarda Civil Metropolitana afirma que não compactua com esse tipo de comportamento por parte de seu efetivo. Deixamos claro que tal conduta não justifica a agressão, ato que será apurado dentro do rigor de um PAD (Procedimento Administrativo Disciplinar)", finaliza o texto.
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