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Capital

HR diz que deu todo apoio e nega que diretor tenha sido preso

Ministério Público investiga fraudes e licitações e desvios de recursos dos cofres do hospital da ordem de R$ 3 milhões

Gabriel Neris | 30/11/2018 17:13
Gaeco deflagrou operação nesta sexta-feira (Foto: Henrique Kawaminami)
Gaeco deflagrou operação nesta sexta-feira (Foto: Henrique Kawaminami)

O Hospital Regional de Campo Grande informou, em nota, que deu “todo o apoio” a Operação Reagente deflagrada nesta sexta-feira (30) e negou que o diretor-presidente Funsau (Fundação Serviços de Saúde do Estado de MS), Justiniano Vavas tenha sido preso.

O Ministério Público investiga fraudes e licitações e desvios de recursos dos cofres do hospital da ordem de R$ 3 milhões. A força-tarefa, composta pelo Gaeco (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), foi para as ruas da capital, Ribeirão Preto e São Paulo para cumprir 17 mandados, sendo 3 de prisão e 14 de busca e apreensão, todos expedidos pela 3ª Vara Criminal de Campo Grande.

Justiniano Vavas foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Também foram presos o gerente do laboratório do HR, Adriano César Augusto Ramires, e o dono da Neoline (empresa de produtos hospitalares), Luiz Antônio Moreira, estes preventivamente.

Em nota publicada no fim da tarde desta sexta, o HR informou que “prestou amplo e colaboração ao MP e aos seus agentes no cumprimento das buscas determinadas pela Justiça Estadual e que apoia toda e qualquer investigação que busque transparência no trato da coisa pública”.

O hospital diz ainda que “observou todas as regras legais pertinentes dos procedimentos licitatórios para aquisição de reagentes químicos possibilitando a realização de exames laboratoriais na população sul-mato-grossense que necessita destes, bem como oportuno também esclarecer que a nova contratação trouxe considerável economicidade ao erário”.

No documento, o hospital aponta que foi encontrada na residência do diretor-presidente da Funsau uma espingarda antiga de valor familiar, justificando sua condução à delegacia.

A força-tarefa investiga crimes de fraude em licitações, peculato, corrupção ativa e passiva e organização criminosa, com empresas na Capital e de São Paulo. O nome da operação tem relação com um dos materiais adquiridos de forma fraudulenta pelo HR, no caso os reagentes químicos utilizados para exames laboratoriais.

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